O debate sobre a lei seca tá interessante. Numa entrevista para o Estadão de domingo, Drauzio Varela, afirmou que é dever do Estado proteger o cidadão contra o mal que terceiros possam fazer contra ele. Bebe-se mais hoje? Sim. Segundo Varela, hoje o número de jovens é maior; muitos jovens recebem mesadas; o poder aquisitivo aumentou; as mulheres passaram a beber, deixando pra traz a repressão social forte que havia; e finalmente, a publicidade de bebidas, está voltada para os jovens.
Já o Josimar Melo acha que a lei é resultado de um movimento moral de reacionários e de xiitas, e que ela só vai aumentar a pequena corrupção do dia-a-dia, ou seja, para não ser preso, o motorista pagaria para o guarda na hora em que fosse parado pela blitz. As consequências da lei? 1° - atacar uma tradição cultural da humanidade, a de beber socialmente, de confraternizar com a bebida; 2° - somente os ricos que puderem pagar táxi ou motorista particular poderão continuar com seu hábito de beber fora, ou seja, será preservado somente para a elite; 3 - o incentivo ao crime e à corrupção. Ouço até o lamento dele ao escrever "Assim caminha, para trás, a humanidade."
Alguns estão pensando que eu sou contra a lei, mas não sou. Acho que é preciso haver um limite. Só acho rigorosa demais. Todas as medidas restritivas são mal vistas e causam estranheza no início. Lembram do rodízio de carros? Depois de um tempo as pessoas se acostumam. Hoje vemos que sem o rodízio, a vida em São Paulo seria inviável.
Como não tenho carro - por opção -, a situação é mais simples pra mim, mas é uma boa hora pras pessoas pararem pra pensar se precisam tanto de um carro. Talvez seja hora de se proporem a uma readaptação e deixar o carro em casa de vez em quando. Quem sabe isso não ajuda a melhorar as condições de vida em São Paulo: menos trânsito, menos poluição, menos estresse.
Cada vez mais tenho tentado simplificar minha vida. Hoje cancelei um dos cartões de crédito. Vitória. Um único cartão de crédito, uma única conta bancária. Ideal mesmo, seria não precisar nem de um, nem de outro.
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