quinta-feira, 10 de julho de 2008

Bolo-de-rolo e bolo Souza Leão viram patrimônio cultural e imaterial


Agora os pernambucanos já podem dormir tranqüilos: o bolo-de-rolo e o famoso Souza Leão já são patrimônio cultural e imaterial. Essa é uma notícia que agradaria a Gilberto Freyre. Agora, essas duas delícias se juntam ao acarajé, que já foi proclamado. O bolo-de-rolo já é vendido em São Paulo, mas nem de longe se parece com aquele feito em Recife. Pra quem ainda não conhece, ele é aquele rocambole com camadas finíssimas de pão-de-ló, recheadas com goiabada. Deve ser cortado em fatias bem finas. Delicioso. Recentemente Tania Bacelar trouxe um bolo-de-rolo pra uma reunião (vejam a foto). Foi um deleite só. Literalmente, comemos suspirando. Na Bienal do Livro de Pernambuco do ano passado, quase aprendi a fazer o bolo com a Luciana Sultanum, doceira de mão cheia da Casa dos Frios, mas perdi a chance porque a produção era demorada demais pra uma oficina gastronômica e ela resolveu ensinar a fazer diversos doces com maçã. Quem sabe um dia...

Vi no Cybercook que o Souza Leão recebeu este nome porque a receita original seria de dona Rita de Cássia Souza Leão, senhora do engenho São Bartolomeu, que teria resolvido não utilizar nenhum ingrediente que tivesse vindo de Portugal. Assim, a receita teria ganho a farinha puba, de mandioca, a manteiga fabricada no engenho e o leite de coco. Há controvérias nessa versão da origem do bolo, porque atualmente haveria em Pernambuco umas 10 receitas diferentes do bolo. Muitos paulistas e paulistanos não gostam da textura do Souza Leão (não é o meu caso, claro), porque ele é meio "embatumado", que no jargão culinário quer dizer consistência pesada (como se tivesse faltado fermento na massa).

Dizem que gosto não se discute, mas pra quem ainda não conhece os dois bolos, garanto que vale a pena experimentar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Fico com sôdade das amigas e então vou visitar os blogs.
Confesso: tenho feito isso contigo e com a Patti. E depois que leio as postagens, acabo não deixando nem rastro das visitas. Mato a saudade e fico feliz de sabe-las bem.
Tava lendo suas notícias caribenhas e aqui vai uma dica. No feriado fui ver um documentário: Personal Che. Realizado por um brasileiro e uma colombiana. É genial!!!
Não imaginas a extensão desse "ícone": adotado nos tempos atuais até no ideário e na indumentária de alemães em passeatas e manifestações enaltecedoras do nacional socialismo.
Está num único horário 17:20hs no Cine Bombril. Se puder, vá ver.
Besitos

Unknown disse...

a massa nao é pao-de-ló