sexta-feira, 30 de maio de 2008

Os mercados do México

No começo dessa semana finalmente conheci a chef mexicana Lourdes Hernandez. Ela mora no Brasil há alguns anos e promove algumas "orgias" gastronômicas na sua Casa dos Cariris, que vem a ser a sua casa mesmo e que ela transformou num pedacinho do México, tanto na decoração como na comida que oferece. Apaixonada pelo seu país e pela gastronomia de lá, me deu inúmeras dicas de lugares que deveria visitar durante minha estada mexicana. É claro que me enfiei de cabeça em todos os mercados por onde passei: Cidade do México, Oaxaca, Xochimilco, Mérida etc. Pra retribuir as dicas da Lourdes, coloco aqui algumas coisas que vi nesses lugares.

Mercado de La Merced, Cidade do México, é o paraíso dos cozinheiros


Em La Merced se come as melhores comidinhas do México


As pimentas, ah! estas estão por toda parte


As palmas, ou nopales, são amplamente usados na culinária em recheios de tacos, de tamales (parecem pamonhas salgadas) ou simplesmente refogados. São encontrados em todos os mercados.


E eu não podia deixar de experimentar os tais insetos fritos. São chamados chapolins. São cozidos primeiro e depois fritos com alho e pimenta. O problema é que onde se vende o tira-gosto, não se vende a cerveja!!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

A partir de agora, fotos em tamanho decente

Parece brincadeira, mas eu levei todo esse tempo pra aprender a postar uma foto grande no blog. Só conseguia colocar bem pequenas, mas hoje desvendei o mistério. Pra estrear o novo formato, publico essa foto que fiz na cidade de Oaxaca, no México. Muito sol, cerveja gelada, história e rodinha nos pés.

Figura paulistana é o Gijo



Se alguém perguntar qual é a melhor linguiça de São Paulo, não hesite e diga: é a do Gijo. Ela figura entre as poucas unanimidades existentes em São Paulo ficando atrás apenas da poluição, do trânsito e da violência. Muita gente compra pra fazer churrasco, mas dá pena, porque é um produto muito bom e muitos vão comê-lo como se estivessem comendo uma linguiça toscana comprada no supermercado. O Gijo é careiro, é verdade, mas a gente não come linguiça todo dia, portanto, uma vez ou outra dá pra gastar um pouco mais. É o próprio Gijo que atende o balcão desde 1953, escondido atrás de uns óculos anos 50. Ele conhece cada um de seus fregueses e trata a todos com a maior atenção. Nas paredes, um pouco da história do lugar e de seu proprietário. A linguiça é famosa porque é de primeira, tem pouquíssima gordura e é muito saborosa. As variedades são muitas: diversos tipos de calabresa, toscana, de frango, de camarão etc. Mas ele também tem azeitona grega, nozes, queijo, alheiras, codeguim, salsichas e salsichões.

Onde fica essa maravilha? na rua Dr. Pinto Ferraz, 16 - Vila Mariana (essa rua é paralela da Lins de Vasconcelos, na altura da estação Vila Mariana do Metrô, também dá pra ir pela Vergueiro - altura do n° 3404) e os telefones são 5579-2935 e 5904-3694.

Agora é a vez do Grupo Folha ser condenado no caso Escola Base

E já que falei no post anterior em jornalistas que tinham orgulho de fazer jornalismo, vale o registro da condenação do grupo Folha no caso da Escola Base. Esse foi um dos maiores exemplos do péssimo jornalismo praticado por aqui nos últimos tempos. Alguns jornais/jornalistas acham que falam em nome da sociedade e pra isso se alçam à condição de juízes, julgando e condenando antes mesmo que a Justiça comece a analisar o processo. Por títulos de matérias como “Perua escolar carregava as crianças para a orgia”, jornais como os do grupo Folha já entregaram o assunto dado como certo e induziram os leitores a também condenar os acusados. Todos os grandes veículos que foram acionados pela família acusada injustamente foram condenados ao pagamento de indenização pelos prejuízos morais que causaram. É o caso da Folha, do Estadão, da Globo, da IstoÉ.

O que não se quantifica é o número de jornais que reproduziram essas notícias Brasil afora utilizando-se dos serviços das agências de notícias que cada um desses grupos mantém. Inúmeros jornais locais saem reproduzindo o que lhes chega às mãos, sem verificar a veracidade das informações.

Essa situação vivemos aqui mesmo em São Paulo quando recentemente noticiou-se a queda de um avião num bairro residencial e que teria causado um grande incêndio. É a maior prova do jornalismo preguiçoso que se instalou no Brasil. Bastou a Globonews dar essa informação para os demais veículos de comunicação passassem a reproduzí-la. Tudo não passava de um incêndio causado por um curto-circuito no interior de uma loja de colchões.

Ninguém mais vai apurar matéria antes de publicar? O que aconteceu com aquelas perguntinhas básicas - quem? o que? quando? onde? como? por quê? - que deveríamos responder antes de colocar uma matéria no ar ou publicá-la?

Se a moda pega, a situação dos meios de comunicação vai ficar bem difícil, afinal, hoje já não contam com a mesma credibilidade que um dia tiveram. Foi-se o tempo em que passávamos o domingo lendo o jornal; as matérias eram bem apuradas, tinham densidade. Hoje, aos domingos, basta dar uma folheada no jornal e sair atrás de outra coisa pra fazer.

Mamacita Roja e Fresas que te Quiero Fresas

Bebidas mexicanas? comidas portenhas? Nada disso. São os nomes de algumas das capas pra notebook que a Tutti e o André da Nimin fabricam. Além do talento nato, a Tutti é cheia de credenciais: é filha da Virginia Fukuda, uma figura muito especial que tive o prazer de conhecer quando vivia em Fortaleza, é mãe do Santiago, um japinha muito gente boa, e é sobrinha da Thais Costa, nossa tradutora de plantão. Quer mais?

Os nomes das capas são inusitados, mas elas são lindas, de muito bom gosto. Eu uso a minha direto, e não só pra proteger o "note", mas pra carregar a papelada pra cá e pra lá. Você escolhe a capa, consulta os tamanhos que eles oferecem no site e faz o pedido. Quer outros exemplos? Que tal Carlota Cris Antemos (é essa aí em cima), Mamacita Viuda, Céu de Estrelas, Lamborghini Flamejante (foto abaixo) ou Buraco Negro?
Vale uma visita no site deles pra ver os modelos e comprar uma capa. É uma ótima opção de presente.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

O brasileiro ri da própria desgraça

Dizem que uma das características que diferencia o brasileiro de outros povos é sua capacidade de cair e se levantar, e, principalmente, de rir da própria desgraça. O livro do Mouzar Benedito 1968... por aí Memórias burlescas da Ditadura (Ed. Publisher) é uma prova disso. Em 1968 ele estudava Geografia na USP e morava no Crusp, que foi invadido pela polícia, logo após a decretação do AI-5. As histórias registradas no livro - de 1964 a 1985 - são hilárias e ao mesmo tempo representam um resgate histórico feito por quem viveu aquele momento sombrio da nossa história. Ali é possível entender a sequência dos acontecimentos e o envolvimento de estudantes, trabalhadores e do povo no combate à ditadura.

Entre as histórias contadas pelo Mouzar, estão as dos livros confiscados no Crusp pelos agentes do regime militar. O primeiro lembrado é um livro de um dos estudantes de engenharia hidráulica cujo título foi considerado bastante subversivo: Bombas hidráulicas. Outro livro apreendido, foi A Capital, assim mesmo A Capital. Para os agentes, A Capital de Eça de Queiroz e O Capital de Karl Marx, davam na mesma.

Mas Mouzar não se limita ao ano de 1968. Ele passa pelo período mais crítico, pela Anistia e pela volta dos exilados, conta causos nas redações dos jornais Versus e Pasquim, e chega aos anos 1980.

Recolhi esta parte do capítulo "Versus um jornal de aventura e cultura", para mostrar como na época alguns jornalistas se dedicavam à profissão.

"Cheirinho bom
Éramos tão apaixonados pelo jornal [Versus] que queríamos vê-lo pronto logo que saía da gráfica. E isso acontecia sempre de madrugada, horário em que as máquinas ficariam ociosas e a impressão era mais barata.

Lembro-me de uma época em que o Versus era impresso na gráfica do São Paulo Shimbum, um jornal japonês com sede na Baixada do Glicério, área decadente da região central de São Paulo.

Três horas da manhã, ficávamos aquele bando de jornalistas esperando o jornal ser impresso. Na hora que entrava na gráfica, ficávamos no lugar onde ele saía, pegávamos o primeiro exemplar que saía das máquinas e o olhávamos como um filho recém-nascido, cheirávamos o jornal, nos comovíamos. Gostávamos demais do resultado do nosso trabalho."

terça-feira, 27 de maio de 2008

Os personagens do Centro de São Paulo

O que eu mais gostava no Mappin era o ascensorista que ia de andar em andar anunciando "3° andar, cama, mesa e banho", "4° andar, móveis" e daí em diante. Sei lá quantos anos ele ficou ali repetindo a ladainha. Outro personagem que andava por ali era o guarda de trânsito que fazia a maior bagunça na esquina da Xavier de Toledo com o Viaduto do Chá. Quando um motorista parava em cima da faixa, ele abria a porta e atravessava por dentro do carro. E a multidão olhando e vibrando. O motorista passava a maior vergonha.

Mas e o Dedé? Aquele lorinho de barriga de fora e roupas brilhantes que acha que é cantor? Ele segurava um microfone de brinquedo e saía cantando pelo centro de São Paulo. O pessoal do sindicato dos bancários contratava o Dedé pra infernizar a vida dos gerentes de agências que desespeitavam os funcionários. Ele gostava daquela música cantada pelo Fagner "Borbulhas de Amor". Na porta da Bolsa de Valores ele gostava de se exibir para os operadores que formavam um rodinha em torno dele e ficavam vaiando e aplaudindo. Enquanto o Dedé cantava "Quem dera ser um peixe / Para em teu límpido / Aquário mergulhar / Fazer borbulhas de amor / Prá te encantar / Passar a noite em claro / Dentro de ti...", ele fazia que ia mergulhar naqueles garotos. Era puro delírio!

Mas personagem é o que não falta no centro de São Paulo e é por isso que ali um dia nunca é igual ao outro. Xô monotonia!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

É legal lembrar do que era muito bom

Parece saudosismo, mas o fechamento do Dix me trouxe lembranças do velho centro de São Paulo. Afinal, quem já trabalhou ou viveu no Centro e não comprou alguma coisa na Casa Fretin, quem não comeu um sanduíche de lingüiça (diziam que era de Bragança) com um suco batido na Casa Califórnia, bem ali na rua São Bento? E quem não comprou remédios naturais na Botica Ao Veado D´Ouro? E quem não freqüentava o Mappin e a Mesbla? E o Museu do Disco? E quem não comeu no Um, dois, feijão com arroz?

Alguns ícones continuam por ali como o restaurante Guanabara, na São João, a Casa Godinho, na Líbero Badaró, a doceira Cristalo, na galeria Olido, o Bar Brahma, na esquina mais famosa de São Paulo, o restaurante do Jacob, o café Girondino, e muitos outros. Felizmente para os boêmios e freqüentadores do centro. Mas outros estabelecimentos chegam ao centro como a choperia Salve Jorge, que se instalou primeiro na Vila Madalena, o bar da dona Onça e a padaria Santa Ifigênia, no Copam, e muitos outros.

E o Dix finalmente sucumbiu

Passei na rua São Bento na semana passada e vi que o número 525, quase em frente à saída do metrô, estava fechado. Ali funcionava o Ao Dix Bar. Funcionava, porque descobri – perguntando na vizinhança - que ele fechou há 4 meses. Vocês não podem imaginar minha tristeza. Nos anos 1970 eu trabalhava na sede do Banco Itaú na rua Boa Vista e volta e meia comíamos as coxas-creme, os croquetes de carne e os bolinhos de bacalhau, e, é claro, os sanduíches mais incríveis e saborosos da cidade. Depois de 20 anos longe, voltei a trabalhar no centro de São Paulo e a comer no Dix, que por incrível que pareça, continuava fazendo os mesmos salgados e os mesmos sanduíches. Era um daqueles lugares onde a gente montava o sanduíche. Valia qualquer mistura: aliche com lagarto, gorgonzola com frios, pimentão vermelho assado com atum etc.
Todos os dias, um panelão era colocado em cima do balcão com o prato do dia. Tinha estrogonofe, dobradinha à moda do Porto, picadinho, entre outros pratos. E à la carte, feijoada na cumbuca todas as quartas e bacalhau todas as sextas.

Manter o mesmo sabor como fez o Dix por mais de 40 anos não é fácil. Por quê fechou ainda não sei, mas lamentei a perda. Acho que o Dix pra quem o conheceu, era como o mar pra quem mora em cidades litorâneas. A pessoa pode não ir à praia e nem ver o mar por um bom tempo, mas sabe que ele está lá. A qualquer hora.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

"Quem tem medo de música clássica"

Ontem cheguei pra aula de ioga e uma amiga, a Amélia, disse "você viu, o Artur da Távola?" e eu disse que sim, que fiquei triste com a morte dele. E ela me contou que gostava muito dele porque no programa "Quem tem medo de música clássica" que apresentava na TV Senado, os olhos dele brilhavam, tanto era o prazer e a paixão pela música. E também que ele terminava o programa com a frase "Música é vida interior. E quem tem vida interior jamais padecerá de solidão".

É engraçado como a gente lembra das pessoas sob um determinado ângulo. Pra mim, ele sempre vai ser aquele político que durante a Constituinte apoiou nossa briga pela democratização dos meios de comunicação. Daí a Amélia me mandou o artigo que o Rubem Alves publicou no dia 13 de maio na Folha sobre o amigo. Ele diz que Artur da Távola achava que a música clássica não era coisa de gente esnobe, pelo contrário, que até crianças gostam dela. E que o próprio Artur havia se apaixonado pela música ainda criança.

E por falar em criança, o Rubem Alves uma vez escreveu um artigo sobre as cozinhas e os fogões a lenha das antigas casas mineiras. Ele dizia que a magia de uma casa estava na cozinha porque ali as pessoas eram elas mesmas. Na sala de estar, toda em ordem, todas as crianças se comportavam e todos usavam máscaras.

terça-feira, 13 de maio de 2008

A máfia

Agora faço parte de uma máfia. Não é a Yakusa, não, porque pra ser da Yakusa é preciso coragem pra se tatuar. E decididamente esse não é o meu caso. A máfia que integro agora é mais simplezinha, tem poucos integrantes. É a "máfia dos salgadinhos". Vocês já viram uma turminha que está em todos os eventos da cidade? Estão sempre de branco, e se a ocasião exige, até tiram umas roupinhas mais sociais do guarda-roupa. Parecem saídas do brechó, mas sempre compatíveis com o protocolo. Pois é, essa gang só aparece se tem coquetel. Parece que eles tem um GPS pra coquetel. Há tempos tenho observado essa turma. Existe toda uma técnica pra participar dos eventos. Como chegar, como se aproximar da mesa, como juntar os salgadinhos, os doces e a a bebida, como se portar socialmente etc. Decididamente, é arte pra poucos. Porém, falta charme a esse pessoal. Minha máfia é mais requintada. No lugar das sacolas de supermercado pra juntar os salgadinhos pra levar pra casa, aprimoramos com bolsas estilizadas, mais discretas. Pensamos também num recipiente pra garrafas ficarem em pé nas bolsas, afinal, ninguém quer sair por aí deixando um rastro de bebida, não é mesmo? Bom, vocês devem estar pensando: tá sobrando tempo pra pensar tanta bobagem. Só sei que estamos nos divertindo, mas só o tempo vai dizer se temos talendo pra coisa!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

A devota de São Jorge


Recebi uma corrente dedicada a São Jorge. Se eu repassasse a mensagem pra 8 crédulos, uma coisa que eu estivesse desejando muito - pensei logo na minha casinha numa vila - chegaria em dois dias. Bem, pensando nisso, repassei a mensagem pra 8 vítimas. Passaram-se dois, três, quatro, cinco dias e nada. Nenhuma telegrama, nenhum telefonema, nenhum e-mail avisando que eu era a sortuda ganhadora de uma casa. Nem precisava ser numa vila, bastava ser uma casa. Diante do fracasso da empreitada fui pra cima da infeliz que me enviou a corrente. Ela me disse pra continuar a ter fé, que um dia a coisa se realizaria.

Pensei com meus botões: desse jeito a coisa pode demorar um bocado. Então, pra mostrar minha devoção ao santo, encontrei uma saída que vai deixar os dois lados felizes. Fiz uma pesquisa rápida e vi que em São Paulo existem diversos bares com o nome de São Jorge. Então, vou passar a frequentar as casas de São Jorge pra ele ver que sou mesmo devota. Vi que tem uma choperia Salve Jorge na Vila Madalena e outra no Centro; tem um Bar São Jorge no Tatuapé; tem o Empório São Jorge, ali perto do Hospital do Coração; e por aí vai. Se nem assim o santo me atender, a coisa vai ficar feia, porque até lá já terei virado uma alcoólatra! E haja devoção, São Jorge!

Feijoada todo dia? É o paraíso!

Sabe quando bate aqueeeeellllaaa vontade de comer uma boa feijoada e não é quarta, nem sábado? Já se viu nessa situação? Pois é, seus problemas acabaram!!! Costumo comer feijoada na Graça Mineira, o restaurante da Graça e do Rossi (olha eles aí em cima), ali perto do Shopping Santa Cruz. A procura era tanta que eles passaram a servir o prato todos os dias. Mas a feijoada tem um problema e eu já disse isso pra Graça: é feijoada de rico, muito light. Não tem nenhuma daquelas porcarias que eu gosto como pé, rabo, orelha! Pra acompanhar, as caipirinhas são ótimas. E pra quem gosta, tem 51 cachaças diferentes, a maioria de Minas (umas 40). No sábado atendi a um importante chamado pra encontrar alguns amigos na Bela Cintra com a Luis Coelho. Surpresa: o restaurante/bar é da Graça e do Rossi, aberto em sociedade com um ex-garçom e um ex-cozinheiro da casa.

Onde fica a casa que frequento? É na rua Machado Bittencourt, 75 (entre a Borges Lagoa e a Pedro de Toledo; é segunda paralela à rua Domingos de Morais em direção ao Ibirapuera). Só fecha segunda. E tem feijoada todos os dias, no almoço e no jantar (no domingo só almoço, das 11h30 às 16h30). www.gracamineira.com.br
Vale a pena experimentar.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Nem tudo pode ser como a gente quer


Será que no começo o Batman também vacilava assim?


Tadinho. Desconfio que as coisas não saíram exatamente como ele pretendia.

Darth Vader era natureba?

A intenção era ficar de perna pro ar durante todo o feriado. Afinal, a previsão era de chuva e de frio. Credo! Mas como boa andarilha, as rodinhas estão sempre prontas pra um rolê. Apesar dos hábitos ruins, fui ver a feira dos orgânicos, no prédio da Bienal do Ibirapuera. De cara levamos um susto: era carro pra todo lado, nem tinha lugar pra parar. O que? Tem tanto vegeta e natureba assim em São Paulo? Bom, descobrimos que muito mais que a metade daquele povo tinha ido ver Darth Vader e a turma do Star Wars. Será que Darth Vader era vegeta? Ou quem sabe, natureba?

Bom, já que o sol saiu e o dia estava lindo, domingo fui bater perna ali pela Estação da Luz. No Museu da Língua Portuguesa vi a exposição do Gilberto Freyre. Muito bem montada, com livros, documentos, fotos, tudo do acervo da Fundação Gilberto Freyre, de Recife. Entre os curadores, está o Pedro Vasquez, fotógrafo de primeira. E na Pinacoteca, vi a exposição da Era Edo. Trouxeram quimonos bordados, armaduras, espadas, cerâmica e objetos diversos. Uma delicadeza só. Pra quem gosta de xilogravura, a Pinacoteca também está expondo as 36 vistas do Monte Fuji, feitas pelo pintor Hiroshige. São aquelas xilogravuras coloridas que o Monet colecionava.

E, é claro, um café no Parque da Luz num dia ensolarado sempre vale a pena.