terça-feira, 13 de maio de 2008
A máfia
Agora faço parte de uma máfia. Não é a Yakusa, não, porque pra ser da Yakusa é preciso coragem pra se tatuar. E decididamente esse não é o meu caso. A máfia que integro agora é mais simplezinha, tem poucos integrantes. É a "máfia dos salgadinhos". Vocês já viram uma turminha que está em todos os eventos da cidade? Estão sempre de branco, e se a ocasião exige, até tiram umas roupinhas mais sociais do guarda-roupa. Parecem saídas do brechó, mas sempre compatíveis com o protocolo. Pois é, essa gang só aparece se tem coquetel. Parece que eles tem um GPS pra coquetel. Há tempos tenho observado essa turma. Existe toda uma técnica pra participar dos eventos. Como chegar, como se aproximar da mesa, como juntar os salgadinhos, os doces e a a bebida, como se portar socialmente etc. Decididamente, é arte pra poucos. Porém, falta charme a esse pessoal. Minha máfia é mais requintada. No lugar das sacolas de supermercado pra juntar os salgadinhos pra levar pra casa, aprimoramos com bolsas estilizadas, mais discretas. Pensamos também num recipiente pra garrafas ficarem em pé nas bolsas, afinal, ninguém quer sair por aí deixando um rastro de bebida, não é mesmo? Bom, vocês devem estar pensando: tá sobrando tempo pra pensar tanta bobagem. Só sei que estamos nos divertindo, mas só o tempo vai dizer se temos talendo pra coisa!
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