O que é que João Roberto Ripper e Miguel Chikaoka têm em comum, além de serem fotojornalistas de primeira? O primeiro vive no Rio, o segundo, em Belém, mas a trajetória dos dois é bem similar. Ambos tornaram-se ícones do fotojornalismo ao documentar os movimentos sociais e a vida das populações marginalizadas. De um lado, o Ripper, que de início denunciava pela fotografia, os conflitos que aconteciam no interior do país, depois passou a fazer esse mesmo trabalho nas favelas cariocas. Do outro lado, a 3.250 quilômetros do Rio, está o Miguel, que nasceu em São Paulo, mas adotou o Pará como sua terra a partir dos anos 1980 e com sua fotografia tem contribuído para desnudar para o Brasil e o mundo o que está acontecendo com a Amazônia.
Mas o que é que os dois têm em comum? Ripper e Miguel deixaram de ser apenas fotógrafos. Hoje são educadores. Pode ser inconsciente, mas seguem a linha de Paulo Freire. Trabalham em projetos de inclusão social por meio da fotografia. O Ripper, junto com Ricardo Funari outro fotógrafo carioca, leva adiante o projeto Escola de Fotógrafos Populares, para adolescentes na Favela da Maré. Anualmente a escola tem formado novos fotógrafos da própria comunidade, que passam a registrar seu dia-a-dia e a lançar um novo olhar sobre suas vidas, sua cidade, seu lugar.
Mas o que é que os dois têm em comum? Ripper e Miguel deixaram de ser apenas fotógrafos. Hoje são educadores. Pode ser inconsciente, mas seguem a linha de Paulo Freire. Trabalham em projetos de inclusão social por meio da fotografia. O Ripper, junto com Ricardo Funari outro fotógrafo carioca, leva adiante o projeto Escola de Fotógrafos Populares, para adolescentes na Favela da Maré. Anualmente a escola tem formado novos fotógrafos da própria comunidade, que passam a registrar seu dia-a-dia e a lançar um novo olhar sobre suas vidas, sua cidade, seu lugar.
O Miguel faz parte da Associação FotoAtiva, uma ONG cuja sede virou um Ponto de Cultura e hoje oferece oficinas de fotografia para os trabalhadores e moradores do centro de Belém. Ao "ver", por meio da fotografia, o seu dia-a-dia no centro da cidade onde vivem e trabalham, ele espera despertar o sentimento de pertencimento ao lugar.
O melhor disso tudo, é que experiências como essas devem estar acontecendo agora mesmo em outros lugares, numa micro revolução silenciosa. A formação de fotógrafos com essa visão humanística tem sido o sonho de toda uma geração de comunicadores. E se essa formação vem junto com o resgate da cidadania melhor ainda.
O melhor disso tudo, é que experiências como essas devem estar acontecendo agora mesmo em outros lugares, numa micro revolução silenciosa. A formação de fotógrafos com essa visão humanística tem sido o sonho de toda uma geração de comunicadores. E se essa formação vem junto com o resgate da cidadania melhor ainda.
(A foto acima é de Bira de Carvalho, um dos integrantes da Escola de Fotógrafos Populares)