segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A natureza a toda prova

Saí de São Paulo quando o problema da umidade do ar já estava feio. Cheguei em Belém e tive um choque de ar puro. Não cheguei a passar mal, desacostumada que estava, mas a diferença se sente na mesma hora.

Me perguntam o que mais me impressionou em Belém. Bem, pela ordem: o tamanho do mercado, a frescura dos peixes e a comida típica.


O tamanho do mercado - o Ver-o-peso é um mercado diferente de tudo o que eu já conhecia no Brasil. O que chega mais perto é o mercado de Caruaru, que tem uma parte coberta para as carnes e o restante é uma feira ao ar livre. O mercado do Pará foi construído e entregue à cidade em 1688 e abriga tudo o que se possa imaginar da cultura paraense. Desde a comida até o artesanato. Tem duas partes cobertas: o mercado do peixe e mercado da carne, todo em ferro, que agora está sendo restaurado (é a última foto do post anterior). E a imensa feira no entorno. São cerca de 1.500 feirantes. Aí tem de tudo. É o paraíso pra quem gosta de fuçar como eu.



A frescura dos peixes - a movimentação dos barqueiros é intensa. Tudo é muito fresco. Os peixes são vendidos abertos para que o freguês veja por fora e por dentro a qualidade do produto. O mercado de peixe não cheira a peixe velho ou estragado. Nas inúmeras barracas de comida é servido o açaí com peixe frito. Virei freguesa desse peixe (não sou muito fã do açaí, então substituía pela Cerpinha).
Comer na rua - acho que o calor é que determina o hábito do paraense de comer na rua. No mercado inúmeros quiosques servem peixe e PFs (pratos feitos) ou nas esquinas, alguns carrinhos servem tacacá, vatapá e caruru; outros servem sanduiches como hamburguer, pernil e cachorro quente (carne moída). Cadeiras são colocadas em volta do carrinho, na maioria das vezes, instaladas sob a sombra de uma árvore.

6 comentários:

Anônimo disse...

Bem vinda a São Paulo, Andarilha!
Já percebeste que o ar está mais limpo, né! Foste uma sortuda não pegar a última semana com a brabeza do índice de umidade relativa no ar nos calcanhares paulistanos!
Bem de vez em quando, uma unidade do ar entre 80 e 90% (como em Belém) não faz mal a ninguém.
Beijocas

Redneck disse...

Aurora, se a transição de SP para Belém foi um choque para a Andarilha, o caminho inverso foi bem mais fácil porque, até onde eu constatei, ela estava com umidade a Cerpacento! Né não, Andarilha?

Patty Diphusa disse...

Maravilha de post, mas quero mais Belém, mais Belém.....


Bjs

Reiko Miura disse...

Não sei porque vocês ficam levantando falso testemunho. Já expliquei que o calor era grande e a lista de itens pra checar se a cerveja de lá era boa mesmo era imensa. Não sei porque uma pobre mortal não pode ser levada a sério!!!

Anônimo disse...

Hã, hã.....Redneck! E você acreditou que foi um choque a transicão do sul maravilha para a Amazônia?
Percebeu a jogada? Primeira desculpa esfarrapada da Andarilha para tanto consumo de cerpinha: equilibar a umidade relativa (ela chegou lá muito sedenta, aqui no sul estava muito seco).
A segunda desculpa esfarrapada da dita cuja tem 2 fortes argumentos: o calor excessivo e checar a qualidade da cerpinha!
Hã...hã...!

Reiko Miura disse...

Seus linguarudos, continuo firme nos meus argumentos. Tava muito quente, a qualidade da cerveja precisava ser checada.
Bem, mas a conclusão a que cheguei é que a Cerpinha é óóóótima tomada in loco, sem deslocamentos e na temperatura certa.

Viram? Já podem tomar cerpinha lá tranquilamente, sem receios!