segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Terremotos e furacões

Muitos me perguntam como é a Cidade do México, se é tudo aquilo que dizem, que é caótica, que o trânsito é coisa de louco, que tem muitos roubos etc. Minha resposta é uma só: quem vive em São Paulo tem PhD pra sobreviver em qualquer lugar. Trânsito ruim? e o de São Paulo, o que é? Roubos? E os de São Paulo? Cidade caótica? E São Paulo? Só precisamos olhar para o nosso umbigo.

Depois de andar por regiões diferentes do México, registrei uma coisa interessante. A Cidade do México está sujeita a furacões e por isso, a cidade é plana, tem pouquíssimos edifícios se compararmos com São Paulo. Em qualquer lugar você encontra placas "Que hacer en caso de SISMO". Na região de Yucatán, a natureza manda os furacões. Então, as placas mostram "Que hacer en caso de HURACAN". E todas as placas de saída viram "rutas de evacuación".

Em Izamal (foto), na região de Yucatán, um simpático guia de um museu me dizia que os alertas sobre furacões são feitos pelo rádio, e em duas línguas, o espanhol e o maia. Nos povoados mais isolados, só se fala maia. Ele, que tem ascendência maia, me disse que apesar de haver um convívio estreito entre os que falam as duas línguas, há muita estranheza quando o maia é utilizado nas emergências.

Em Izamal, peguei um "táxi" pra um povoado. Estava atrás das bordadeiras. Dentro do carro, só se falava maia. Tentaram conversar comigo, e como só falava meu parco portunhol, elas passaram a falar o espanhol. Me levaram pra conhecer o povoado e me apresentaram os trabalhos artesanais. Foi demais.

3 comentários:

Sig Mundi disse...

Acho que de certa forma procuramos algum lugar que não se pareça com São Paulo, trânsito, assalto e caos! Em muitas cidades isso existe mas não no grau em que está "nossa" cidade!
Mas que deve ser apavorante alguns segundos de terremotos e furacões, isso deve!

bjs, andrea

Reiko Miura disse...

oi andrea,
fiquei pensando que é como viver com uma nuvem sobre sua cabeça. A qualquer momento ela pode desabar na forma de alguma coisa, seja um furacão, seja um terremoto. Já pensou se a gente vivesse com isso aqui no Brasil? O astral seria bem diferente!

bjs.

Redneck disse...

oi Andarilha, e aí? finalmente voltastes! a Patty me falou que já viu o marcador de pererecas. eu achei demais! você falou de terremotos e furacões no México e, mal comparando, o que temos em SP não é muito diferente, com o agravante que os terremotos e furacões dessa cidade nascem das pessoas, e não da natureza. eu tbém acho que quem vive em SP, tira de letra qualquer outro lugar. beijo! E reze para o santo, seja qual ele for, para que o ano, que agora começou, seja tudo de bom, principalmente na gastronomia.