quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Quem vai cuidar de quem

Ultimamente tenho observado que as conversas entre os amigos giram em torno de dores diversas, menopausa, viagra e outros suspensórios, e doenças de mãe e de pai. Esta sim, é uma conversa cada vez mais comum. O que fazer com nossos pais com memória fraca, incapacitados ou a caminho de. Reorganizar a vida toda pra cuidar deles, contratar pessoas pra ficar na casa ou transferi-los para casas ou clínicas especializadas são algumas das opções que se apresentam. Às vezes nos sentimos como se estivéssemos carregando o mundo nas costas por conta das obrigações familiares. Eu pensava assim e às vezes me sentia uma vítima. Isso até ler “Quem vai cuidar de nossos pais” de uma jornalista que trata de todas as facetas do envelhecimento. Vi que o que eu vivia era uma situação comum a milhares de pessoas que também deixavam de fazer suas coisas pra cuidar de familiares, que abriam mão de suas horas de descanso e lazer pra ficar com pais e mães, e que adiavam planos por causa deles. Como fazer ou deixar de fazer as coisas sem ficar em dívida com a família e sem a maldita culpa?

3 comentários:

Sig Mundi disse...

Andarilha,
Te digo que isto não é nada fácil. E é muito cansativo para os dois lados, tanto para quem é cuidado como para quem cuida. E cada caso é um, particular e ímpar.

No começo você quer fazer tudo, mesmo depois de um dia mais do que exaustivo, você quer cuidar. Só que chega um momento que sua energia e principalmente seu corpo não aguentam mais.

Mas a gente dança conforme a música. E quando as coisas vão acontecendo as decisões vão sendo tomadas.

Tive exemplos na família, e não foi apenas um! A gente precisa ter é muita força emocional.

Mas pra tudo se dá um jeito!

Beijos, andrea

Reiko Miura disse...

É isso mesmo, Andrea. Muita força e respirar sempre. Não dá pra ficar suspenso o tempo todo.

bjs.

Redneck disse...

Concordo com a Andrea, Andarilha. A gente tem que procurar dosar porque a carga é pesada e exaure, sim. No final, nos damos conta que somos bem mais precários e frágeis do que gostaríamos, por vezes até com comportamentos com os quais nos assustamos. Força, sempre. Beijo!