sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
ISUMAVUT - os pensamentos dos inuits
Uma exposição no mínimo curiosa chega ao SESC Pompéia, em São Paulo. É ISUMAVUT - A arte de nove mulheres do Ártico Canadense. É uma mostra de 105 obras que retratam o dia-a-dia do povo inuit (que vive no extremo norte do Canadá) pertencentes ao Museu da Civilização do Canadá. Isumavut, em Inuktitut (idioma falado pelos povos inuits), significa “os nossos pensamentos”. Pinturas, gravuras, esculturas e desenhos retratam a religiosidade, o cotidiano, a cultura do povo. Na foto o trabalho "Voando Perto do Arco-Íris" de Napachie Pootoogook (1980). A exposição fica no SESC do dia 8 de março (a partir das 12hs) a 6 de abril. Pra conhecer um pouco mais sobre os inuits, existe um texto no site do governo do Canadá
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Ela tem 108 anos e só tem pressão alta
E por falar em idade, dizem por aí que a memória começa a falhar com o tempo. Sei disso não! Ontem achava que hoje seria sexta-feira, dia de comer peixe no almoço, mas como todos sabem, ainda é quinta, dia de massa (acho que só em São Paulo existe cardápio fixo para cada dia da semana). No post aí embaixo disse que o lançamento da revista Perseu seria hoje, mas é amanhã, tá? Sexta-feira, dia 29. É uma boa oportunidade pra encontrar velhos amigos (rua Francisco Cruz, 234 - Vila Mariana).
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Perseu, uma revista de História e memória
Além de artigos de historiadores de todo o país, a revista publica um dossiê temático a cada edição. Acho que Perseu ficaria muito feliz se visse a revista.
The best of the cachorrinho
No livro Roendo o osso, o bichinho não poupa ninguém: governo, seqüestradores, bandidos, patrões, políticos, santos e santas etc. Bem ao estilo da língua ferina do Mouzar, que é jornalista e escritor, e do traço crítico do Ohi, que é cartunista e ilustrador. A dupla já publicou Saci, O Guardião da Floresta (Salesianas) e Anuário do Saci (Publisher).
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Boa oportunidade para conhecer os restaurantes de SP
De 25/2 a 9/3 acontece a São Paulo Restaurant Week 2008. Os restaurantes participantes oferecem refeições completas – entrada, prato principal e sobremesa - a R$ 25,00 (almoço) e R$ 39,00 (jantar). É uma boa oportunidade para conhecer alguns restaurantes considerados mais caros para nossos bolsos rasos. Um deles, que pretendo conhecer durante a promoção é o Capim Santo que vai oferecer como entrada charutinho de couve com abóbora e carne seca servido com chutney de feijão, como prato principal moqueca de polvo acompanhado de purê de macaxeira ou nhoque de mandioquinha recheado com brie e mel com molho de sálvia, e como sobremesa, petit gateau de capim santo.
Alguns restaurantes que participam da promoção colocaram no site oficial os cardáprios especiais (é bom ligar antes pra saber se os preços valem para o final de semana, se é preciso fazer reserva etc.). Veja quem participa: Água e Terra (Hotel Della Volpi), Aguzzo Caffè e Cucina, AK Delicatessen, Amaranto (Caesar Park Paulista), Aoyama (Higienópolis, Itaim Bibi, Moema), Badaró (Shopping D&D e Shopping Morumbi), Bar Brahma, Bistrô na Faria Lima, Bolinha, Bucattini, Cantina Lo Spaghetto, Canvas Bar e Grill (Hilton São Paulo), Capim Santo, Casa Europa, Chakras, Colher de Pau, Diacuí, Dona Lucinha, El Pátio, Espaço Gattoria, Espaço Tambiú, Forbidden City, Gardenia, Ganesh, Genova, Govinda, House of Sian, La Marie, La Risotteria, La Table O & Co., Lola Bistrot, Mercearia do Conde, Nakasa Sushi, Nam Thai, O Gato que Ri, Obá, Passaparola, Sea House – Jardins, Senhora Massa, Shimo, Terraço Jardins (Renaissance São Paulo), Thai Gardens, Trindade, Verbena (Hotel Transamérica), Wolfsgarten.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
As polêmicas de Sarkozy
Por aí se vê que é chegado numa confusão. Quanto a gastronomia, nada demais, afinal, a Unesco considera patrimônio imaterial as tradições e expressões orais, as artes, os usos sociais e rituais, ou seja, o que um determinado povo resguarda entre suas tradições. Fiz uma rápida visita ao site da Unesco e vi que na lista estão os narradores públicos dos meddah e a cerimônia El Sema, na qual bailarinos mevlevi fazem sua dança giratória, ambos da Turquia, a festa catalã conhecida como La Patum, que acontece na cidade de Berga, perto de Barcelona, e muitos outros.
Quanto ao “pobre imbecil”...
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
A casa da Frida
Achei que tinha perdido um cartão de memória da máquina fotográfica, justamente aquele que armazenava minhas primeiras impressões da Cidade do México. O primeiro choque cultural no mercado de La Merced, a casa da Frida Kahlo, o passeio nos canais de Xochimilco. Há poucos dias encontrei o cartão bem guardadinho no fundo de uma bolsa. E tive a maior surpresa quando baixei as fotos e descobri que tinha tirado só quatro fotos da casa da Frida em Coyoacan, a Casa Azul. Acho que foi uma coisa de reverência pelo espaço da Frida; andei pelos cômodos da casa imaginando as pessoas circulando por ali, Tina Modotti dançando, Diego sentado numa cadeira fumando e bebendo, o ambiente meio enevoado de fumaça dos cigarros. Frida circulando entre os convidados. E a casa é mesmo acolhedora, pronta pra receber os amigos. Tem a cara do México e de sua ocupante. Tudo é muito vibrante, cores vivas. Na cozinha, tachos, panelas e vasilhas de cerâmica marrom e verde, e muitos utensílios que os mexicanos desenvolveram para fazer seus moles, suas tortilhas, seus cozidos. No quarto de Frida, uma cama forrada com tecidos imaculadamente brancos e aquele espelho que ela usava para ver seu reflexo, instalado no alto. É de arrepiar. Ela já foi há tempos, mas continua mais viva que nunca.
Nesta foto que postei aqui, uma das quatro que tirei lá, colhi um detalhe do lado de fora da casa.
A solidariedade escondida
Vi pelas imagens da TV que muitas pessoas se arriscaram na correnteza pra retirar pessoas de dentro de seus carros, vizinhos que ajudaram outros vizinhos a salvar o pouco que tinham dentro de casa, bombeiros que passaram a noite toda socorrendo pessoas presas em trens, carros e casas.
Será que o nosso mundo ainda tem conserto?
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
As pessoas estão insensíveis ou eu estou sem paciência?
. O que dizer de uma pessoa que acende um charuto no meio de um restaurante enquanto outras estão comendo?
. O que dizer de mães acompanhadas de seus filhos que atiram latas de refrigerante pela janela do ônibus?
. O que dizer de gente que fica conversando dentro do cinema?
A lista é longa. E este é só um desabafo. Num relance penso "não dá mais pra viver nessa cidade", mas cinco minutos depois, a cena está esquecida. Às vezes ela volta pra assombrar e pra gente não deixar barato.
Engenho de gastronomia chega a São Paulo
Infelizmente não trouxe nem um exemplar comigo porque não consegui encontrar a revista nas diversas livrarias por onde andei, inclusive a do aeroporto. Agora recebi uma comunicação de que ela será lançada em São Paulo no próximo dia 26 e que terá 4000 exemplares distribuídos em 1200 postos de venda. Pelo que entendi, seus criadores estão dispostos a disputar o aquecido mercado que hoje já tem a concorrência da Gula, da Go Were Gastronomia, da Menu, e de outras mais.
No material de divulgação que recebi, me informam que a edição de fevereiro tem Laurent Suaudeau, Carla Pernambuco, Erick Jacquin, Luciano Boseggia e Chico Gameleira, entre outros. Entre os ingredientes utilizados nas receitas preparadas estão o pitu, o caranguejo-uçá e a carne de bode, o feijão de corda, o jerimum, o arroz-do-sertão , o açafrão-da-terra, o cominho, a pimenta-malagueta, entre outros.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Ainda tem gente que se indigna. Ainda bem!
Jamie Oliver x Antony Bourdain
No caderno Ilustrada da Folha de ontem, duas matérias sobre gastronomia me chamaram atenção. A primeira, sobre Jamie Oliver, que logo mais terá o livro “Jamie em casa” lançado no Brasil, e a segunda, sobre Antony Bourdain, que também lança o livro “Maus bocados” por aqui. O primeiro, Jamie Oliver, se diz um anti-chef, não gosta de comidinhas arrumadas e frescuras francesas na cozinha. Prega a simplicidade na preparação dos pratos e ingredientes frescos e sadios. O segundo, diz que continua sempre aberto a novas experiências. Atualmente passa longe da cozinha. Visita a cozinha alheia. No livro que chega agora por aqui, mas que já foi lançado lá fora há algum tempo, ele tira um “sarro” do primeiro, mas agora se desculpa. Lamenta que tenha ofendido e magoado Jamie. Sempre é tempo de reconhecer erros, não é mesmo?
Gosto dos dois, justamente por suas características tão distintas. Um, tem aquele ar de moleque e acredita que é possível mudar o mundo. Um exemplo disso é o programa de melhoria da merenda escolar que colocou em prática na Inglaterra. Depois de três anos insistindo, conseguiu que o governo destinasse uma verba considerável para o projeto. O outro, é um cínico, que já viu e já viveu coisas bem cabeludas. Seu programa extrapola a cozinha, as panelas e os pratos. Segue pelos hábitos das pessoas do lugar, pela literatura, música etc.
Os telespectadores e os leitores só têm a ganhar.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Quem vai cuidar de quem
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Terremotos e furacões
Depois de andar por regiões diferentes do México, registrei uma coisa interessante. A Cidade do México está sujeita a furacões e por isso, a cidade é plana, tem pouquíssimos edifícios se compararmos com São Paulo. Em qualquer lugar você encontra placas "Que hacer en caso de SISMO". Na região de Yucatán, a natureza manda os furacões. Então, as placas mostram "Que hacer en caso de HURACAN". E todas as placas de saída viram "rutas de evacuación".
Em Izamal (foto), na região de Yucatán, um simpático guia de um museu me dizia que os alertas sobre furacões são feitos pelo rádio, e em duas línguas, o espanhol e o maia. Nos povoados mais isolados, só se fala maia. Ele, que tem ascendência maia, me disse que apesar de haver um convívio estreito entre os que falam as duas línguas, há muita estranheza quando o maia é utilizado nas emergências.
Em Izamal, peguei um "táxi" pra um povoado. Estava atrás das bordadeiras. Dentro do carro, só se falava maia. Tentaram conversar comigo, e como só falava meu parco portunhol, elas passaram a falar o espanhol. Me levaram pra conhecer o povoado e me apresentaram os trabalhos artesanais. Foi demais.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
O caso dos três relógios
Há alguns anos, viajava muito a trabalho. Viajava, trabalhava e voltava. Com o tempo, descobri que dá pra fazer as duas coisas: trabalhar e conhecer um pouco do lugar. Se a reunião é na segunda, vá na sexta à noite e aproveite o final de semana; se a feira é num final de semana, vá alguns dias antes. Se for possível, marque alguns compromissos perto de feriados prolongados. Também dá pra aproveitar. Enfim, muita gente diz que não viaja porque não tem dinheiro, não pode pagar passagens de avião etc. Às vezes, é só saber aproveitar melhor o tempo.
Cheguei de viagem e encontrei três relógios em cima da minha mesa. Um brinde. Bem, a chinesa que trabalha comigo disse que dar relógio de presente é sinal de mau agouro. Pô, precisava ser 3 de uma vez???? E o tal ano do rato, cheio de realizações que a Patty Difusa propaga???
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Fugindo do carnaval
Aqui sao as empresas que fazem o desfile, entao, tem carro alegórico da Coca-cola, da Corona, da Sol, das casas Sao Francisco etc. E uma multidao fica perfilada pelas ruas esperando os carros alegóricos que passam distribuindo brindes como chaveiros, canetas, copos de papel e de plástico etc. Agora mesmo, estou fazendo uma horinha antes de ir para o aeroporto e já tem um bocado de gente na rua desde as 14hs. E o carnaval só comeca äs 19h30!
Mérida é o ponto de partida pra um monte de programa. Já tinha ido a Uxmal e Chichén Itzá (foto), que sao duas zonas arqueológicas. Ontem pequei um onibus e fui bater numa cidadezinha chamada Izamal. É um lugar incrível, praticamente todas as casas sao pintadas de amarelo e branco. Muitos arcos e um antigo convento maravilhoso. Adorei a cidade e nao sei por quë nao a incluem nos roteiros turísticos daqui.
Agora vou pra Cidade do México pegar o ¨busao¨ pra casa.