sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Uma volta na Amazônia




-->Li o relato do Alex Atalla sobre a viagem dele com os chefs espanhóis Ferran Adriá e Juan Mari Arzak pra Amazônia. Conforme ia avançando na leitura do relato sobre a visita ao mercado Ver-o-peso, podia até ver os dois espanhóis encantados feito crianças numa loja de doces pegando em tudo, cheirando, analisando. Tudo novidade, tudo muito diferente dos cheiros, dos sabores familiares. Tudo é over: de frutas, de peixes, de beleza, de calor, de natureza. E estar pisando o solo da Amazônia então? É pra deixar qualquer um em estado de graça!
Gostei também de ver que a solidariedade é um valor importante pra eles. A primeira parada em Belém, depois de deixarem as malas no hotel, foi a casa de Paulo Martins, um dos maiores divulgadores da culinária amazônica/paraense, que está muito doente já há alguns meses. Quando estive em Belém em julho, não consegui falar com ele porque estava de cama há 4 meses. Na semana passada liguei pra filha dele, numa última tentativa de ouvi-lo para o meu TCC e ela me disse que não houve melhoras e que a diabetes cobrava seu tributo. Os três chefs/amigos saíram da casa chorando, segundo o Atalla.

É mesmo de chorar ver uma pessoa que se conheceu tão ativa, prostrada numa cama. Não faz muito tempo, o Paulo e o Atalla tinham levado uma caixa de frutas para o Adriá e essas frutas despertaram no espanhol a fixação em conhecer seu habitat. E conheceu. Pelo uma parte dele. A visita foi uma retribuição.

4 comentários:

Redneck disse...

Andarilha, eu também li e comentei esse post no blog. Delícia, não é? Deu a maior vontade de conhecer Belém e tudo o mais. Conheço Manaus, mas, ainda falta Belém. E o TCC? O meu foi entregue na segunda passada, no dia 24, e a banca é na sexta agora, dia 5. Beijo!

Reiko Miura disse...

Que bom que você entregou o seu TCC. É um alívio enorme. Vou entregar no próximo sábado. Minha banca foi cancelada, então estou um pouco mais tranquila nessa reta final.

E, Red, assim que puder, vá visitar Belém. É um lugar incrível. Nesse período é o melhor porque a maioria das frutas é do inverno amazônico. Fui em julho e tinha pouquíssimas frutas nativas. Acho que vale a pena. Eu voltei apaixonada por Belém. Em janeiro vou para o Fórum Social Mundial que vai ser lá. Daí vou até a Ilha de Marajó visitar a Jerônima Barbosa, uma cozinheira/chef de lá.
bjs.

Redneck disse...

Andarilha, quando você for à Ilha de Marajó, leve a Patty Diphusa junto. Parece que tem um vaqueiro que vive lá que tem tudo a ver com o estilo dela. Pergunte para ela para você sentir o drama. Beijo!

Reiko Miura disse...

Red,

não acho boa idéia essa de andar com a Patty Difusa Brasil afora. Não faz muito tempo, numa certa viagem teve até cadáver, sangue, mistérios e outos quetais. Deus me livre e guarde. Vaqueiro; domador de búfalo... Sei não!