Alguns amigos já tinham ido ao Mocotó, um restaurante de comida nordestina da zona Norte de São Paulo. Adiei, adiei, mas domingo acabei batendo lá. Como já tinha sido avisada, marquei com os amigos na porta do lugar às 11h30. Bem, ao meio-dia, horário em que o restaurante abre, a calçada já estava cheia. E assim ficou até o meio da tarde, quando fomos embora.
O Mocotó merece a fama que tem. De leve, lembra as “Casas do Norte”, que na verdade são Casas do Nordeste. São aqueles empórios de tijolo aparente nas paredes e onde se vende cachaça, jabá, tira-gostos típicos. A semelhança pára aí. Nos mínimos detalhes se percebe a mão de um artista na cozinha. Os tira-gostos são demais: pedaço de jabá, cabeça de alho assada no azeite, torresmo (servido com uma bandinha de limão cravo e outra de limão taiti), e muito mais. As comidinhas são servidas em diversos tamanhos: mini, pequena, média e grande. Ou seja, dá pra provar de tudo. O atolado de bode, que em outros lugares seria chamado de carré de qualquer coisa, tão linda a apresentação, estava perfeito.
Os garçons passam com mini tigelinhas brancas, ou ramequins, que escondem delícias como baião-de-dois, caldo de mocotó, mocofava, favada, feijão-de-corda, atolado, atolado de bode, e outras delícias. Tem saladas também, mas quem é que quer saber de salada com tanta coisa quente e gostosa pra acompanhar a cervejinha e a pinguinha?
Como tenho vergonha de ficar tirando foto dos pratos na mesa dos restaurantes, tomei emprestada essa que a Neide Rigo do blog Come-se fez. É a mocofava.
Ah, já ia esquecendo de falar do artista da cozinha. É o Rodrigo Oliveira, um garoto de 28 anos, que toca a cozinha do Mocotó e fez o restaurante acontecer. Além de bom cozinheiro, uma simpatia.
Av. Nossa Senhora do Loreto, 1.100 - Vila Medeiros - fone: 2951-3056 (quem quiser beber, pode ir de metrô - até o Tucuruvi e depois um táxi). E não adianta ter pressa, porque é muito grande, tem muitos lugares, mas também tem muita gente. Então, se quiser ficar numa boa, chegue cedo.