Agora, lendo sobre a morte dele, vejo que ele protagonizou um filme do qual tenho uma lembrança engraçada. Uma certa noite, quando morava em Brasília, fui com uma amiga ao cinema da Cultura Inglesa pra assistir a uma comédia. Ambas estávamos muito tristes e resolvemos que precisávamos rir um pouco. Uma rápida passada de olhos no jornal, e pimba!, lá estava o filme que precisávamos. A necessidade era tanta que saímos debaixo de um pé d´água federal e nos metemos no lamaçal que havia se formado em frente à Cultura Inglesa.
Passados alguns minutos do filme, a desgraça que se descortinava na tela era tão grande, que olhamos uma pra outra e perguntamos quase ao mesmo tempo "afinal, quando é que a gente vai começar a rir?". Bem, o filme não era o Quinteto Irreverente, e sim, O Quinteto. Como podem ver, a passada de olhos pelo jornal foi rápida demais! Ao invés das estripulias de um grupo de 5 amigos italianos de Mário Monicelli, o que passava na tela era a história de 6 sobreviventes numa região mais que gelada onde, pra azar do grupo, só havia mantimentos para 5 deles. Então, tinham que escolher entre si quem ia ficar sem a ração, ou seja, morrer. Coisa de Robert Altman. Saímos correndo do cinema, antes que mais desgraça caísse sobre nós. No final, acabamos rindo da confusão.
Quem sabe um dia ainda me encorajo e assisto ao filme do Altman, porque é verdade que o cinema imortaliza as pessoas, não é mesmo? E Paul Newman já está guardadinho na memória. Afinal, quem pode esquecer dele nos filmes Cálice sagrado, O Indomado, Butch Cassidy and the sundance kid e Um golpe de mestre? Isso só pra citar os que eu mais gosto.
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