sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Aficcionado por bananas????
Nas minhas andanças pelo Brasil conheci pessoas aficcionadas por tudo. Trabalhando num jornal de Fortaleza, fui trás de uma matéria na favela do lixo, junto com o Vidal Cavalcante, o fotógrafo com quem fazia dupla quase todos os dias. De repente, ele sumiu. Procura daqui, procura dali, fomos encontrá-lo sentado tranquilamente no alto de uma montanha enorme de lixo, apreciando a vista. E pasmem! atracado num cacho de banana! Isso mesmo: ele estava ali, comendo aquelas bananas em cima daquele lixo como se fossem um manjar dos deuses. Ali entendi que a paixão do Vidal pelas bananas era coisa séria. Depois vivemos muitos momentos que só confirmaram essa paixão. Parece que as bananas funcionam como um ímã. Hoje ele trava uma dura batalha, mas tenho certeza que ainda vou vê-lo por aí, sempre com um olho na foto e o outro, é claro, nas bananas!
Fórum Latino-Americano de Fotografia de São Paulo - 2 a 6/10
São Paulo vai sediar o Fórum Latino-Americano de Fotografia de São Paulo – Paralelos e Meridianos da Latinidade, promovido pelo Itaú Cultural, que terá em sua programação uma exposição - Sutil Violento, seis mesas de debate, quatro entrevistas abertas, três relatos de experiência, workshops, leituras de portfólio, performance e lançamentos de livros. Além de fotógrafos brasileiros como Milton Guran, Miguel Rio Branco, Pedro Vasquez, Miguel Chikaoka e outros, virão convidados como Maya Goded (México), Eduardo Gil (Argentina), Roberto Huarcaya (Peru) e Martin Parr (Inglaterra. A coordenação geral do Fórum e da exposição é do nosso fotógrafo e agitador cultural Iatã Canabrava.
Olha que beleza de Urucum!
Passeando pela feira hoje de manhã, me deparei com um pequeno buquê de urucum. Vejam que coisa linda. Essa sementinha que dá aquela cor amrelo ouro/alaranjada/avermelhada à moqueca capixaba, dá em árvore ou mesmo em pequenos arbustos. Há quem diga que já subiu numa árvore pra colher o urucum e que teve os pés quase mordidos por um cachorro que tentava dar cabo do "ladrão". Seria lenda? Eu mesma só conheci pé de urucum bem baixinho, da minha altura. E por falar nisso, comprei uma panelinha pra esquentar urucum no mercado da Vila Rubim, em Vitória. É uma latinha, com tampa furada com pregos. Coloca-se no fogo a panelinha com óleo e as sementinhas. Quando o óleo esquenta e a cor se desprende das sementes está pronto para ser despejado sobre a moqueca. A tampa furada faz as vezes de peneira. Mas se você não tem a panelinha, pode usar uma concha. Dá no mesmo.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
"Dá pra soletrar o nome do autor?"
As livrarias do Rio são pontos de encontro para um café ou para a saída pras baladas, para folhear e até, até mesmo, para comprar um livro. Em boa parte das livrarias ainda encontramos vendedores, gerentes e proprietários que conhecem o mercado editorial; têm prazer em lidar com os livros, conhecem literatura, autores e sugerem leitura. Pouco ouvimos aquelas frases tão comuns como "Dá pra soletrar o nome do autor?", "Não tô encontrando aqui no sistema", entre outras tantas que acabam desanimando o cidadão. É claro que livraria é comércio, mas não é isso. Houve época em que livrarias do Rio tinham vida ainda mais efervescente que a de hoje. Era nas livrarias que escritores, jornalistas e intelectuais em geral se encontravam pra bater aquele papo quase diário. A rua do Ouvidor tem tradição: era ali, no número 110, que José Lins do Rego, Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado e muitos outros botavam a prosa em dia. A história é contada pela jornalista Lucila Soares, neta do livreiro e editor, no livro Rua do Ouvidor 110 – Uma história da Livraria José Olympio, que tem lançamento marcado para 1°/10, às 19hs, na Livraria da Vila da Alameda Lorena (n° 1731).
O homem confiará no homem
No artigo IV d'Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente) que dedicou a Carlos Heitor Cony, Thiago de Mello sentencia:
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.
E tem ainda o Parágrafo único:
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.
E tem ainda o Parágrafo único:
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.
Os novos livros de jornalistas
Em sua coluna Jornalistas & Cia no site Comunique-se, o amigo Eduardo Ribeiro apresenta uma breve resenha dos livros escritos por jornalistas que estão chegando ou já chegaram ao mercado. Entre os títulos nacionais estão 1808 – Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil, de Laurentino Gomes (Planeta); Meu velho Centro – Histórias do coração de São Paulo, de Heródoto Barbeiro com fotos de Ricardo Hara (Boitempo/Sesc-SP); Laertevisão – Coisas que não esqueci, com trabalhos do cartunista Laerte, organizado por seu filho, Rafael Coutinho (Conrad); Tão longe, tão perto, de Myrna Pinsky (FTD); Rua do Ouvidor 110 – Uma história da Livraria José Olympio, de Lucila Soares (José Olympio); Contemporâneo de Mim, de Daniel Piza (Editora Bertrand); Como esticar seu dinheiro: fundamentos da educação financeira, de Rodney Vergili e Ricardo Humberto Rocha; A infância de Ziraldo, de Audálio Dantas (Callis). E no prelo, já está o livro Uma bigorna na bagagem, de Luiz Augusto Michelazzo, o Mic.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Martins, o portuga do boteco
Quanta espremidinha não tomamos no bar do Martins, o portuga como era conhecido, acompanhada sempre de um bom pedaço de lingüiça espetada no palito (diziam que era de Bragança, mas naqueles tempos, fins dos anos 70, ninguém ia atrás da procedência!). Depois de tomar um monte dessas, já altas horas, a turma ia embora, muitas vezes levada pelo próprio Martins que enfiava aquele monte de gente dentro de sua velha Brasília – nem sei como cabia tanta gente – e ia entregando um por um, de porta em porta. No caminho, parava em cada bar que avistava pra tomar a saideira. Lá íamos nós pra fora da Brasília e pra dentro do bar.
Martins era um tipo curioso: não bebia em serviço. Em compensação, depois que lavava e fechava o bar... Bebia em todos os bares que encontrava e ainda pagava a conta! Incrível mesmo. Muitas vezes deixava a turma dormir num quartinho nos fundos do bar. Afinal, noite alta e logo de manhã tínhamos prova ou só aula, ou ainda as infindáveis reuniões do centro acadêmico. Então, caíamos bêbados ali mesmo! Imundice pouca é bobagem. Naquela época, aos 20 anos, a gente encarava qualquer coisa; ninguém estava preocupado com a vigilância sanitária. Tempos bons aqueles!
Martins era um tipo curioso: não bebia em serviço. Em compensação, depois que lavava e fechava o bar... Bebia em todos os bares que encontrava e ainda pagava a conta! Incrível mesmo. Muitas vezes deixava a turma dormir num quartinho nos fundos do bar. Afinal, noite alta e logo de manhã tínhamos prova ou só aula, ou ainda as infindáveis reuniões do centro acadêmico. Então, caíamos bêbados ali mesmo! Imundice pouca é bobagem. Naquela época, aos 20 anos, a gente encarava qualquer coisa; ninguém estava preocupado com a vigilância sanitária. Tempos bons aqueles!
terça-feira, 25 de setembro de 2007
De Bezerros para a América Latina
Ele é o filho famoso de Bezerros, interior de Pernambuco. J.Borges recebe turistas de todas as partes, estudiosos da literatura de cordel e da técnica da xilogravura. Eduardo Galeano descobriu seu talento e nascia ali a parceria para o livro As palavras andantes. Galeano recolheu e publicou histórias do folclore e do dia-a-dia dos habitantes da América Latina; tudo ricamente ilustrado por Borges.
Os índios de Andresito, por Eduardo Galeano
1818 - Corrientes
– Ellos tienen el principal derecho – ha dicho Artigas de los indios, e ellos has sufrido mucha muerte por serle leales.
Andrés Guacurarí, Andresito, indio guaraní, hijo adoptivo de Artigas, es el jefe. En aluvión invadió Corrientes hace un par de meses, flechas contra fusiles, y pulverizó a los aliados de Buenos Aires.
Desnudos, a no ser por el barro del camino y algún andrajo, los indios de Andresito entraron en la ciudad. Traían unos cuantos niños indios que los correntinos habían tenido de esclavos. Encontraron silencio y postigos cerrados. El comandante de la guarnición enterró su fortuna en el jardín y el notario murió del susto.
Los indios llevaban tiempo sin comer, pero nada arrebataron ni nada pidieron. No bien llegaron ofrecieron una función de teatro en homenaje a las familias principales. Inmensas alas de papel de plata, desplegadas sobre armazones de caña, convirtieron a los indios en ángeles guardianes. Para nadie, porque nadie acudió, representaron “La tentación de san Ignacio”, vieja pantomima del tiempo de los jesuitas.
– ¿Así que no quieren venir a fiestas de los indios?
Andresito encendió un enorme cigarro y el humo se le salía por las orejas e por los ojos.
Al amanecer, los tambores tocaron a las armas. A punta de lanza, los más respetables caballeros de Corrientes fueron obligados a cortar la hierba de la plaza y a barrer las calles hasta dejarlas transparentes. Todo ese día estuvieron atareados los caballeros en tan noble tarea y esa noche, en el teatro, dejaron a los indios sordos de tanto aplaudir.
Andresito gobierna Corrientes hasta que Artigas lo manda llamar.
Y se alejan los indios por el camino. Llevan puestas aquellas enormes alas de plata. Hacia el horizonte cabalgan los ángeles y el sol les da fulgores y les da sombras de águilas en vuelo.
– Ellos tienen el principal derecho – ha dicho Artigas de los indios, e ellos has sufrido mucha muerte por serle leales.
Andrés Guacurarí, Andresito, indio guaraní, hijo adoptivo de Artigas, es el jefe. En aluvión invadió Corrientes hace un par de meses, flechas contra fusiles, y pulverizó a los aliados de Buenos Aires.
Desnudos, a no ser por el barro del camino y algún andrajo, los indios de Andresito entraron en la ciudad. Traían unos cuantos niños indios que los correntinos habían tenido de esclavos. Encontraron silencio y postigos cerrados. El comandante de la guarnición enterró su fortuna en el jardín y el notario murió del susto.
Los indios llevaban tiempo sin comer, pero nada arrebataron ni nada pidieron. No bien llegaron ofrecieron una función de teatro en homenaje a las familias principales. Inmensas alas de papel de plata, desplegadas sobre armazones de caña, convirtieron a los indios en ángeles guardianes. Para nadie, porque nadie acudió, representaron “La tentación de san Ignacio”, vieja pantomima del tiempo de los jesuitas.
– ¿Así que no quieren venir a fiestas de los indios?
Andresito encendió un enorme cigarro y el humo se le salía por las orejas e por los ojos.
Al amanecer, los tambores tocaron a las armas. A punta de lanza, los más respetables caballeros de Corrientes fueron obligados a cortar la hierba de la plaza y a barrer las calles hasta dejarlas transparentes. Todo ese día estuvieron atareados los caballeros en tan noble tarea y esa noche, en el teatro, dejaron a los indios sordos de tanto aplaudir.
Andresito gobierna Corrientes hasta que Artigas lo manda llamar.
Y se alejan los indios por el camino. Llevan puestas aquellas enormes alas de plata. Hacia el horizonte cabalgan los ángeles y el sol les da fulgores y les da sombras de águilas en vuelo.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Recife sedia eventos sobre gastronomia
Sobremesa a U$ 14.500???
No Sri Lanka a renda per capita não chega a mil dólares por ano; mas é no mesmo Sri Lanka que se vende a sobremesa mais cara do mundo. "The Fortress Stilt Fisherman Indulgence", a tal sobremesa, custa apenas U$ 14.500. Dá pra acreditar?
30 anos da invasão da PUC
No sábado 22 de setembro a invasão da PUC completou 30 anos. Vejam um bloco da coluna do Juca Kfouri no caderno de esportes da Folha de hoje.
"Verdade histórica
Nesta Folha de ontem há uma legenda na reportagem sobre os 30 anos da
invasão da PUC que merece uma retificação pessoalíssima, que peço
permissão para fazer ao seu autor e ao raro leitor.
Está dito que a reitora da PUC "conversa" com Erasmo Dias.
Pois não conversa.
E nem olha para o então truculento secretário da Segurança. Naquela
noite de covardia infinita, a reitora Nadir Kfouri, eleita pelos alunos,
professores e funcionários da PUC, a primeira mulher a assumir uma
universidade católica no mundo, graças à interferência pessoal do
cardeal Paulo Evaristo Arns junto ao papa, deixou o caricato coronel com
a mão direita estendida no ar. Disse que não cumprimentava assassinos e
virou as costas, cena testemunhada por meu pai, procurador de Justiça
que lá estava só por solidariedade à irmã e que aparece na foto, de
óculos, encoberto por minha tia, hoje com 93 anos e o orgulho da família."
"Verdade histórica
Nesta Folha de ontem há uma legenda na reportagem sobre os 30 anos da
invasão da PUC que merece uma retificação pessoalíssima, que peço
permissão para fazer ao seu autor e ao raro leitor.
Está dito que a reitora da PUC "conversa" com Erasmo Dias.
Pois não conversa.
E nem olha para o então truculento secretário da Segurança. Naquela
noite de covardia infinita, a reitora Nadir Kfouri, eleita pelos alunos,
professores e funcionários da PUC, a primeira mulher a assumir uma
universidade católica no mundo, graças à interferência pessoal do
cardeal Paulo Evaristo Arns junto ao papa, deixou o caricato coronel com
a mão direita estendida no ar. Disse que não cumprimentava assassinos e
virou as costas, cena testemunhada por meu pai, procurador de Justiça
que lá estava só por solidariedade à irmã e que aparece na foto, de
óculos, encoberto por minha tia, hoje com 93 anos e o orgulho da família."
Feira Mundial de Artesanato
De 25 a 30/9, no Centro Comercial Gilberto Salomão, em Brasília, acontece a Feira Mundial de Artesanato. Vai ter pra todo gosto. Meu povo de Goiânia avisa: os artesãos da Feira do Cerrado vão participar em peso, mostrando bijouterias, jóias com pedras preciosas e semi-preciosas; bolsas e caixas em papel reciclado, mel, picolés e sorvetes de frutos do Cerrado; quadros compostos com frutos e sementes secos do Cerrado etc. Destaque para o delicioso licor artesanal de chocolate com pequi, que as irmãs Noleto – Laurenice (a Nonô) e Letice – inventaram. Mas isso merece uma postagem à parte.
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Souza, o melhor barman de São Paulo
Pelo terceiro ano consecutivo, nosso Souza ganhou a disputa pelo posto de melhor barman de São Paulo (a Vejinha SP visitou 250 bares). Instalado atrás do balcão do Veloso, o bar que fica no largo da caixa d'água da Vila Mariana, Souza ajuda um bocado de gente a afogar suas mágoas e a chegar em casa "mais leve". Bom, tem um bocado de gente que não tem mágoa nenhuma pra afogar e ainda assim é sempre vista por ali, batendo ponto. Além das caipinhas do Souza, as coxinhas do Veloso são imperdíveis. Bom, agora que vocês viram que o rapaz é bom mesmo, principalmente em matéria de caipirinhas, nada de ficar pedindo pra tirar o gelo, aumentar a cachaça ou a vodka, diminuir o açúcar etc. (foto http://vejasaopaulo.abril.com.br)
Davell Crawford no Parque da Aclimação (grátis)
O pianista Davell Crawford toca domingo no Parque da Aclimação, homenageando Ray Charles. Ele está no Brasil numa temporada no Bourbon Street. Agora é só torcer pra fazer um dia lindo. É domingo, 23/9, às 11h30.
Arnaldo Jarbor para presidente do PI
Não, não se assustem. Não é do Piauí que estamos falando, mas sim do Partido da Imprensa. Em discurso feito dia 19 no plenário da Câmara dos Deputados, Fernando Ferro (PT-PE) fala sobre o mensalão mineiro e sobre veículos de comunicação que se posicionam como um partido político. Leia o discurso no site Conversa afiada.
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Festa do Saci e Seus Amigos (2007)
Os preparativos para a festa do Saci em São Luis do Paraitinga estão a todo vapor. A programação já está quase fechada e já confirmaram presença Ivan Vilela, Quarteto Pererê, Trio Carapiá (da Orquestra de Violas de Campinas), Trio Jacarandá e os grupos de teatro Ganso de Ouro e Tempo de Brincar. E ainda falta gente pra dizer “sim, também tô nessa”. A festa acontece nos dias 2, 3 e 4 de novembro e vai ocupar quase todos os espaços públicos da cidade: a praça, o coretinho, o mercado e o Largo das Mercês. E por falar em Largo das Mercês, quem vai a São Luis, não pode deixar de comer no Sol Nascente, onde Alice e Jô recebem com carinho, boa comida e cerveja gelada. Até um certo saci albino foi visto por lá contando das suas.
Ferran Adrià, direto de Sevilha
Quem quiser, e puder, é claro, pode assistir à aula do chef catalão Ferran Adrià no Senac Santo Amaro, no próximo dia 25 às 12h45. Transmitida via satélite, direto do festival Andalucía Sabor Internacional Fine Foode Exibition, a aula gira em torno dos 20 últimos anos do restaurante El Bulli. Inscrições: extensao@sp.senac.br
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Folha de pequi
Um certo dia apareceu na entrada da Fazenda Santa Fé, que fica na divisa do Ceará com o Piauí, um certo senhor com um caminhãozinho carregado de pequi. Perguntou a Jósio Araripe, dono da fazenda, se não queria comprar pequi. A resposta: “Despeje ali naquele canto”. E era assim que a família Araripe, da qual fazia parte Jósio e Eneida (os pais) e Zinia, Flamínio, Tiago, Donita e Leonel (os filhos), se abastecia de pequi. E foi Zinia, no começo dos anos 80, em Fortaleza, quem me contou que seu irmão Leonel editava na cidade do Crato um jornal chamado Folha de pequi. Até então, na minha santa ignorância, nem sabia que existia pequi praquelas bandas. E foi na casa de Josio e Eneida que comi pela primeira vez uma pequizada. Hum, só de lembrar dá água na boca!
A voz e o vinho
Do sommelier Manoel Beato sobre a apresentação de Gal Costa em São Paulo
"... Se fosse vinho, sua voz seria um Bourgogne, leve, intenso, bem estruturado e definido. Profundo, mas não pesado." (crítica publicada no Estadão de 12/9/07)
"... Se fosse vinho, sua voz seria um Bourgogne, leve, intenso, bem estruturado e definido. Profundo, mas não pesado." (crítica publicada no Estadão de 12/9/07)
Cisnes selvagens
A história da China no século XX é contada pela autora Jung Chang que relata a saga de gerações de mulheres da sua família. Prepare o lenço. Ou o lençol, se você for muito chorão ou chorona.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Silvestre, o caçador de frutas
Alguns andam atrás de jogadores de futebol, outros atrás de viajantes, outros ainda, preferem andar atrás de animais. No caso de Silvestre Silva, as frutas são seu alvo. Ele andou pelo Brasil afora atrás de frutas ameaçadas de extinção. E agora apresenta no livro Maravilhas do Brasil - Frutas, preciosidades pouco conhecidas do grande público como feijoa, sapoti, bacaba, bacupari, chichá, araçá, butiá, sapoti, mandacaru, entre outras. E traz também as conhecidas como o açaí, o bacuri, o buriti, o o araçá-boi, o cupuaçu, o guaraná, entre outras.
O espinho do pequi
Pra quem já ouviu falar, mas nunca viu, a foto mostra os famosos espinhos do pequi. São finíssimos e costumam surpreender os desavisados ficando cravados em toda a boca. Um bom anfitrião costuma alertar os iniciantes na arte de comer o pequi. Portanto, quem avisa, amigo é! Quando se deparar com um pequi no seu prato, roa a polpa. Nunca, mas nunca morda a fruta!
A foto é de Silvestre Silva, do livro Maravilhas do Brasil - Frutas (Escrituras Editora).
A foto é de Silvestre Silva, do livro Maravilhas do Brasil - Frutas (Escrituras Editora).
A mortadela de Taquaritinga
A boa mortadela era a de Taquaritinga; assim como a boa lingüiça era a de Bragança Paulista. Ambas as cidades ficam no interior paulista. A mortadela de Taquaritinga era conhecida “internacionalmente”, assim como a sua goiabada. Internacionalmente porque dizem as boas e más línguas, que até o papa (João Paulo II) comia desses quitutes, levados pelas freiras até a longínqua cidade do Vaticano. Dizem também que a mortadela era feita de carne de cavalo. Se era de cavalo não sei, mas que era boa, era. O dono do frigorífico que a fabricava morreu e também segundo diversas línguas da cidade – boas e más - , levou a receita com ele. Deve ser verdade, porque a mortadela nunca mais foi a mesma. E essa é opinião unânime entre os moradores e visitantes da cidade. A outra unanimidade é o calor calor dos infernos que faz por ali.
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Eterna aprendiz
Quem gosta de fotografia e de fotografar um dia tenta fazer algo parecido com as obras de seus ídolos (essa aí foi uma das minhas tentativas, não muito bem sucedida, diga-se de passagem). Que inveja de Sebastião Salgado, Ed Viggiani, Celso Oliveira, Tiago Santana, Vidal Cavalcante, Chico Albuquerque, Zé Albano, Canalonga, e outros tantos ótimos fotógrafos que temos espalhados pelo país! Inveja da boa. Se é que isso existe. Ainda bem que a fotografia começa a ganhar status de arte. Demorou até demais.
Saci? Num vi, não sinhô!
Bem que tentei, procurei, andei pelas ruas de São Luiz do Paritinga, subi as ladeiras, fui "pros matos" e nada de ver o tal do danado do saci. Mas tem gente que garante que ele continua fazendo das suas por aí. Saci não vi, mas vi procissão, festa junina, mercado enfeitado com bandeirinhas de chita. É isso aí, por ali a cultura está cada vez mais viva. E tem um bocado de gente que aposta nisso. E pelo Brasil afora tem muita gente que acha que nós temos coisas muito melhores que os enlatados de Holliwood e os halloween da vida. Se você não viu saci, mas quer conhecer as histórias e estórias do danado, entre no site da Sosaci, a sociedade dos observadores de saci. É isso aí mesmo. Existe mesmo! www.sosaci.org
Perfume de pequi ou espinho de pequi?
O pequi é como os cantinhos escondidos de Noronha. Por fora é bonito, por dentro é bonito. Mas se você resolver desafiar a natureza, seja mordendo o pequi, seja se arriscando nas pedras de Noronha, o bicho pega.
Por que Perfume de pequi? Idéia de um amigo recém chegado, que também é chegado nas belezas do Brasil. Aqui vai ter de tudo: literatura, culinária, futebol, moda, música etc.
Assinar:
Postagens (Atom)