terça-feira, 29 de maio de 2012

São Luiz do Paraitinga é uma cidade festeira






 Instalada num vale, entre Taubaté e Ubatuba, São Luiz do Paraitinga foi coberta pelas águas há dois anos e seus moradores recomeçaram a reerguer suas vidas. A cidade já recebe turistas e já promove as tradicionais festas que a consagraram como destino de muitos paulistanos que dão valor à cultura popular.

No carnaval só entram as marchinhas. Carros ficam de fora do centro. Só foliões dispostos a brincar. Eventos de diferentes tipos ocupam partes diferentes da cidade. Quem gosta de folia vai pra um lado, quem gosta de calmaria, vai pra outro. Ou seja, tem pra todo mundo.

A Festa do Divino é famosa. Quando eu fazia faculdade, no final dos anos 1970, não perdia a festa. Adorava ver a Cavalhada - a disputa entre mouros e cristãos, a Congada, as danças de diversos grupos que vinham de toda a região. A fila do afogado - cozido de costela com mandioca, servido com arroz - serpenteava pelas ruas da cidade e pelo morro. Cada um levava seu prato e seu garfo e ficava nessa fila. Tinha comida pra todo mundo. No outro dia, mal amanhecia o dia, de novo na fila. Dessa vez pra pegar paçoca de amendoim e café. Em cada mão uma caneca: uma para a paçoca, uma para o café.
As ruas eram tomadas por grupos que vinham se apresentar no coreto da praça principal. Na Igreja Matriz, inúmeras missas juntavam os fiéis, que depois saiam em procissão. Novenas eram mantidas e centenas de pessoas rezavam nas casas e nas igrejas.

Hoje os fiéis católicos ainda seguem firmes, apesar da debandada de uns tantos para outras religiões (sentimento meu). A missa não é celebrada na Igreja, afinal ela veio abaixo na enchente. Vai ser levantada, mas por enquanto continua no chão. A missa é rezada debaixo de um toldo branco montado na praça, em frente à inexistente escadaria da matriz.

O desfile de cavaleiros pelas ruas, paramentados de vermelho e azul anunciam que dali a pouco - mouros e cristãos vão entrar em combate. Anunciam o local da disputa, e os cavaleiros são seguidos pela multidão.

A fila para o afogado e para a paçoca com café continuam lá. Hoje, as pessoas levam diferentes vasilhas pra colocar o afogado, e a paçoca é servida em copinhos de plástico. Tem paçoca doce (de amendoim), e a salgada (de carne). O café continua o mesmo. Bem docinho. 


Mas durante o ano tem muita atividade na cidade. O Soca Paçoca é um evento que ensina a fazer as duas paçocas; o Festival de Inverno, leva pra cidade muita música; a Festa do Saci e seus Amigos também é momento de muita música e folclore.

Aliás, a sede da Sosaci, a Sociedade dos Observadores de Saci, fica ali, no Sol Nascente, restaurante da Alice Nakao, que escolheu a cidade pra viver. Tem gente que jura que o danado anda por lá fazendo peraltices!




Pois é, pra São Luiz do Paraitinga vai quem quer sossego. E vai quem quer agito. Tem dos dois. Se não quiser fazer nada, não faz. Se quiser fazer, faz. Bom demais ter escolhas, não é mesmo?



segunda-feira, 21 de maio de 2012

Semana África, na TV Brasil - Confira a programação


Rede Jovem de Cidadania

Kora Brasil. O encontro sonoro entre o instrumento de cordas de origem africana e a música afro-brasileira

Segunda(21) - 17h30


Brasilianas.org

As relações entre Brasil e África. Empresas brasileiras no continente africano e os novos arranjos internacionalizantes
Segunda(21) - 22h


Nova África

A Ilha de Moçambique. Conheça a história da antiga Colônia portuguesa
Segunda(21) - 20h00


Expedições

Quilombo dos Palmares. A história dessa nação, criada por negros fugidos de engenhos e terra de Zumbi, é a atração do Expedições
Terça(22) - 19h30

Nova África

A juventude em Moçambique. Perspectivas de vida dos jovens no país africano
Terça(22) - 20h00


A TV Que Se Faz no Mundo

Senegal. Programas musicais fazem grande sucesso na televisão do país
Quarta(23) - 00h00


Nova África

Zimbábue, que país é esse?. A luta pela posse da terra é um dos conflitos do país
Quarta(23) - 20h00


Nova África

Vida dos Himbas na Namíbia. Um registro da diversidade de paisagens desse território de colonização alemã
Quinta(24) - 20h00


Caminhos da Reportagem

Quilombos. Programa foi até a Bahia, Maranhão e Rio Grande do Sul para mostrar a luta e a resistência dessas comunidades
Quinta(24) - 22h00


Nova África

O Conflito entre Turismo e Ecossistema em Botsuana.. É possível o desenvolvimento sustentável na região?
Sexta(25) - 20h00


Nova África

O Povo San em Botsuana e o Povo Pigmei no Congo. Perseguição cultural e opressão econômica em Ruanda e Uganda
Sexta(25) - 22h00


Programa de Cinema

Mama África. Filmado em dez países do continente, documentário mostra um pouco das muitas Áfricas que o mundo desconhece
Sexta(25) - 22h30

Expedições

Quilombo dos Palmares. A história dessa nação, criada por negros fugidos de engenhos e terra de Zumbi, é a atração do Expedições
Sábado(26) - 16h00


Nova África

O congo moderno e os acampamentos. Programa mostra as riquezas do país assolado pela guerra civil por mais de uma década
Sábado(26) - 20h00


DOC Especial

Nelson Mandela. Um retrato da vida do líder africano e os episódios do fim ao apartheid
Domingo(27) - 22h30


Ver TV

A África no Brasil e o Brasil na África - vistos através da televisão. A realidade e a fantasia de lá e de cá mostradas na TV
Domingo(27) - 17h

sexta-feira, 18 de maio de 2012

“Mães de Maio” autografam o livro “Do Luto à Luta”


Quem quiser conhecer e prestigiar as "Mães de Maio", elas estarão no sábado na Praça Benedito Calixto autogrando o livro Do luto à luta. O movimento foi criado a partir da matança ocorrida em 2006, em São Paulo, quando 493 pessoas foram assassinadas em São Paulo entre os dias 12 e 20 de maio daquele ano. O movimento é integrado por mães, familiares e amigos de vítimas da violência e luta para exigir investigação e responsabilização pelos crimes e para que eles não caiam no esquecimento.





  

Os Crimes de Maio de 2006 podem ser definidos como uma matança decorrente da contra-ofensiva da polícia de São Paulo aos ataques da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), em maio de 2006. De acordo com a própria Secretaria de Segurança Pública, o PCC foi responsável pela morte de 47 pessoas. No entanto, no período de 12 a 20 de maio, 493 pessoas foram assassinadas por armas de fogo, de acordo com informações do Conselho Regional de Medicina (Cremesp). Ou seja, os demais 446 assassinatos entraram para as estatísticas de crimes não esclarecidos. Há fortes indícios de que as mortes tenham sido praticadas por policiais em represália aos ataques do PCC. Os episódios teriam sido provocados por uma guerra entre bandidos e os agentes do Estado de São Paulo. Os policiais estavam sob o comando do então secretário de Segurança Pública, Saulo Abreu de Castro, que ordenou para todos os policiais saírem “à caça dos suspeitos”. Parentes das vítimas desses crimes iniciaram uma luta por justiça e para que esses crimes não caíssem no esquecimento. Nasceu assim o movimento Mães de Maio.

Mães de Maio - É uma rede de Mães, Familiares e Amigos de vítimas da violência do Estado Brasileiro (principalmente da Polícia), formado aqui no estado de São Paulo a partir dos famigerados Crimes de Maio de 2006. Foi a partir da Dor e do Luto gerado pela perda de nossos filhos, familiares e amigos que nos encontramos, nos reunimos e passamos a caminhar juntas. “Nossa missão é lutar pela Verdade, pela Memória e por Justiça para todas as vítimas da violência contra a população Pobre, Negra, Indígena e contra os Movimentos Sociais brasileiros, de Ontem e de Hoje. Verdade e Justiça não apenas para os mortos e desaparecidos dos Crimes de Maio de 2006 ou dos Crimes de Abril de 2010, mas para todas as vítimas do massacre contínuo que o estado pratica historicamente no país. Nosso objetivo maior é construir, na Prática e na Luta, uma sociedade realmente Justa e Livre.” (www.maesdemaio.blogspot.com.br).
Sobre o livro “Do Luto a Luta” – Lançado para lembrar os cinco anos dos crimes de Maio de 2006, apresenta relatos das mães, poesias e contribuições em forma de artigo sobre a luta em prol dos direitos humanos de organizações parceiras das Mães de Maio. Reúne textos de mães e familiares: Débora Maria (mãe de Edson Rogério), Ednalva Santos (mãe de Marcos), Vera de Freitas (mãe de Mateus), Francisco Gomes (pai de Paulo), Francilene Gomes (irmã de Paulo), Ângela Moraes (mãe de Murilo), Rita de Cássia (mãe de Rogério) e Flávia Gonzaga (mãe de Marcos Paulo). Traz também poesias de escritores periféricos: Sérgio Vaz (Cooperifa), Michel Yakini (Elo da Corrente), Sarau da Brasa, Marcelino Freire, Rodrigo Ciríaco (Cooperifa e Mesquiteiros), Poeta Dinha, Hélber Ladislau (Cooperifa), Rapper GOG (DF), Jairo Periafricania (Cooperifa) e Armando Santos (São Vicente-SP). Também inclui análises de outros parceiros, entre eles Luiz Inácio, membro do Fórum Estadual de Juventude Negra (Fejunes), que escreve sobre o extermínio da juventude negra no Espírito Santo. Os demais parcerios são Rede Contra a Violência (RJ), Alípio Freire, Danilo Dara, Jan Rocha, Lio Nzumbi (Reaja-BA), Sérgio Sérvulo e Tatiana Merlino. As Ilustrações ficaram por conta do artista-parceiro Carlos Latuff (RJ), e o Projeto Gráfico pela companheira-designer Silvana Martins (Sarau da Ademar). O livro foi apoiado e só poderia ter sido realizado com a importante força das compa-jornalistas Ali Rocha, Maria Frô e Rose Nogueira, além do apoio fundamental do Fundo Brasil de Direitos Humanos.

O stand Raizarte é uma livraria circular, que tem por objetivo de trazer um grupo de mulheres vendedoras da “Revista Ocas" e de outras literaturas para geração de renda de forma alternativa e autônoma. O Stand circula por festas, reuniões, eventos e faculdades levando a literatura e a informação para as pessoas, independente de adquirirem nosso material, porque além da venda nos importa informar e manter a comunicação, alegria e aproximação com todos, podendo também, nessa forma de trabalho, mostrar nossa arte.

Gilmar - É cartunista, tem mais de 40 anos, publica seus desenhos em jornais, revistas e livros. É autor de cinco coletâneas de tiras, três delas adotadas pelo governo para distribuição em bibliotecas públicas. O livro mais recente: “Ocre - Quadrinhos não recomendáveis para pessoas românticas”. Recebeu o prêmio HQ MIX de melhor cartunista brasileiro e em 2006 conquistou o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog com a Charge “Matou Morreu” sobre o enfrentamento da polícia e o PCC em 2006. Saiba mais: www.gilmaronline.zip.net.

O projeto O Autor na Praça
O projeto O Autor na Praça começou no dia 1º de Maio de 1999 e teve como primeiro convidado o dramaturgo e escritor Plínio marcos, que se tornou padrinho do projeto e dá nome ao espaço onde acontece (tenda na feira de Artes da Praça Benedito Calixto), naquela ocasião Plínio autografou uma nova edição do livro “Querô – uma repostagem maldita”. Além de comemorar os 13 anos do projeto e do espaço Plínio Marcos, queremos manifestar nosso apoio ao movimento por justiça contra a violência policial oocorrida em maio de 2006, recebendo o Movimento “Mães de Maio”, em tarde de autógrafos do livro “Do Luto à Luta”, leituras e depoimentos. Contaremos também com a participação do Stand Raizarte, que reúne mulheres vendedoras da Revista OCAS e a presença do cartunista Gilmar, que recebeu o prêmio Vladimir Herzog em 2006 com a charge “Matou, Morreu” sobre o confronto entre a Polícia Militar e o PCC. O evento vai acontecer das 15 as 18h no Espaço Plínio Marcos e convidamos a todos para acompanhar a entrega do IV Prêmio Carrano de Luta Antimanicomial e Direitos Humanos, logo em seguida, as 19h, no auditório da Biblioteca Alceu Amoroso Lima, basta sair da praça e atravessar a Av. Henrique Schaumann. Outras informações abaixo.

O Autor na Praça celebra 13 anos e recebe as “Mães de Maio”.
Espaço Plínio Marcos – Tenda na Feira de Artes da Praça Benedito CalixtoPinheiros
Dia 19 de maio, sábado, a partir das 15h. (evento em espaço aberto ao público).
Informações: Edson Lima – 3739 0208 / 7105 0551 - oanp@uol.com.br
Realização: Edson Lima & AAPBC. Apoio: AEUSP, Grupo Tortura Nunca Mais, Consulado Mineiro e O Cantinho Português.



Com divulgação do projeto Autor na Praça.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Manifesto em Defesa de um Julgamento Justo

 Recebi este texto de uma amiga e acho que traduz o que penso. Se concordar, assine a petição no endereço ao final.




Amigas e amigos,

Estou encaminhando o abaixo-assinado Por um julgamento justo, que se refere ao julgamento dos réus envolvidos no chamado mensalão. O objetivo deste abaixo-assinado é resumido pelo seu nome. Queremos evitar um julgamento baseado nos humores do espetáculo midiático e um linchamento público em função de imagem pré-concebida.


Certamente o episódio de uso de recursos de caixa dois de empresas para pagar dívidas de campanha e futuras campanhas enojou muitos de vocês. Mais do que isso, tirou as esperanças em mudanças, no jeito de fazer política. Entendo o desencanto. Eu fiquei fui nocauteada no episódio.

Mas não podemos aceitar que a direita transforme um enorme erro político de financiamento ilegal de campanha --erro político e legal-- em arma contra o avanço das forças progressistas. Os que cometeram o erro, que paguem por ele. Mas queremos um julgamento justo, com penas para os crimes cometidos, e não para os crimes "montados", como a farsa do pagamento de mesada a parlamentares, que interessam ao jogo das forças políticas contra as mudanças em nosso país que abram espaço para os novos protagonistas, que eliminem a miseria e permitam ao povo ter comida, teto e educação para decidir seu futuro.

Estou enviando este abaixo-assinado para uma relação de amigos. Muitos vão concordar e assinar. Outros vão discordar. Outros ainda podem até concordar mas, pelas posições que ocupam, não podem se expor. A estes peço que consigam o apoio de um integrante de sua família.

A lista vai fechada e o sigilo está preservado.

Aos que concordarem com a tese, sugiro que repliquem para seus outros amigos.


Um abraço,



Acabei de ler e assinar este abaixo-assinado online:
«Manifesto em Defesa de um Julgamento Justo»
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N24655

Assine o abaixo-assinado aqui
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N24655 e divulgue-o por seus
contatos.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Para entender a América Latina



Publicado por Emir Sader. no Blog da Boitempo (ao final da nota, veja a lista dos livros indicados para se entender a América Latina. 

A revista Nueva Sociedad, da Fundaçao Ebert, da social democracia alemã, editada em Buenos Aires e dirigida por Pablo Stefanoni, para comemorar seus 40 anos, perguntou a intelectuais latino-americanos qual livro destacariam como fundamental para entender a América Latina. 13 intelectuais responderam  (eu estou entre eles) e esse conteúdo está no número 238 da revista, que pode ser encontrado em www.nuso.org 
A gama de respostas é muito variada, vai da literatura do cubano Alejo Carpentier a Os sertões, passando pelo peruano Jose Maria Arguedas e pelo cubano Leonardo Padura, entre outros. Responderam escritores conhecidos como o nicaraguense Sergio Ramirez, ensaístas como o colombiano Jesus Martin Barbero e Adolfo Gilly, entre outros.
Sergio Ramirez destaca duas obras do realismo fantástico de Carpentier: O reino deste mundo e O século das luzes. A tematização do poder carismático é clássica na literatura latino-americana das ultimas décadas, com Carpentier, García Marques, Vargas Llosa, entre outros.

A ensaísta argentina Maria Pia Lopez escolhe, para nossa surpresa,
Os sertões, pela ambivalência entre civilização e barbárie, o que torna suas reflexões universais, segundo ela.

O historiador cubano Rafael Rojas elege
Ariel, do uruguaio José Enrique Rodó, como texto clássico que tematiza, a partir do personagem de Shakespeare, as relações entre o centro e periferia.

O grande teórico dos estudos culturais, o colombiano Jesus Martin Barbero, escolheu um clássico dos estudos urbanos,
Latinoamerica: las ciudades y las ideas, do argentino José Luis Romero, que enfoca os temas da urbanização e da modernização nas nossas grandes cidades.

O pensador e militante trotskista mexicano Adolfo Gilly indicou
Os rios profundos, de José Maria Arguedas, pela capacidade de criação literária a partir das identidades e dos idiomas indígenas, do grande escritor peruano.

Samuel Farber, o trotskista norteamericano, escolheu
O homem que amava os cachorros, a extraordinária obra do cubano Leonardo Padura, pela capacidade de expressar os maiores dramas vividos por Cuba e sua revolução.

A historiadora argentina Vera Carnovale optou por
Sobre la violencia revolucionaria, Memorias y olvidos, do argentino Hugo Vezzetti, balanço de obras voltadas sobre as experiências militantes de movimentos revolucionários latino-americanos.

O ensaísta norteamericano John Beverley indicou
Me chamo Rigoberta Menchu, o livro de memórias da líder indígena guatemalteca.

Alfred Stein, economista guatemalteco, escolheu uma das obras do grande pensador cristão Franz Hinkellamert,
El discernimento de los fetiches: Capitalismo y cristianismo.

A historiadora boliviana Carmen Soliz apontou a obra do sociólogo chileno José Bengoa,
La emergencia indígena en America Latina.

O italiano radicado no México, Massimo Modonesi, escolheu uma obra do irlandês também radicado no México, John Holloway,
Agrietar el capitalismo: El hacer contra el trabajo.
O venezuelano Carlos Avila optou por Trabajos del reino, do mexicano Yuri Herrera, uma ficção passada na fronteira do México com os EUA.

Finalmente, eu escolhi
A dialética da dependência, de Ruy Mauro Marini, que considero a melhor chave para entender o desenvolvimento do capitalismo na América Latina.
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Emir Sader nasceu em São Paulo, em 1943. Formado em Filosofia pela Universidade de São Paulo, é cientista político e professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). É secretário-executivo do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (Clacso) e coordenador-geral do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Coordena a coleção Pauliceia, publicada pela Boitempo, e organizou ao lado de Ivana Jinkings, Carlos Eduardo Martins e Rodrigo Nobile a Latinoamericana – enciclopédia contemporânea da América Latina e do Caribe (São Paulo, Boitempo, 2006), vencedora do 49º Prêmio Jabuti, na categoria Livro de não-ficção do ano. Colabora para o Blog da Boitempo quinzenalmente, às quartas.

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¿Qué nos cuentas, América Latina?

Nueva Sociedad 238, Marzo-Abril 2012
Sergio Ramírez Los monstruos de la razón. En diálogo con "El reino de este mundo" y "El siglo de las luces", de Alejo Carpentier.
María Pía López La civilización al descubierto. En diálogo con "Los sertones", de Euclides da Cunha.
Rafael Rojas El lenguaje de la juventud. En diálogo con "Ariel", de José Enrique Rodó.
Jesús Martín Barbero El poder de las masas urbanas. En diálogo con "Latinoamérica: las ciudades y las ideas", de José Luis Romero.
Emir Sader América Latina y la economía global. En diálogo con "Dialéctica de la dependencia", de Ruy Mauro Marini.
Adolfo Gilly José María Arguedas, Mario Vargas Llosa y el Papacha Oblitas. En diálogo con "Los ríos profundos", de José María Arguedas.
Samuel Farber La izquierda y la transición cubana. En diálogo con "El hombre que amaba a los perros", de Leonardo Padura.
Vera Carnovale ¿Por un mundo mejor? En diálogo con "Sobre la violencia revolucionaria. Memorias y olvidos", de Hugo Vezzetti.
John Beverley Subalternidad y testimonio. En diálogo con "Me llamo Rigoberta Menchú y así me nació la conciencia", de Elizabeth Burgos (con Rigoberta Menchú).
Alfredo Stein La visibilidad de lo invisible. En diálogo con "Las armas ideológicas de la muerte. El discernimiento de los fetiches. Capitalismo y cristianismo", de Franz Hinkelammert.
Carmen Soliz El rostro de América Latina. En diálogo con "La emergencia indígena en América Latina", de José Bengoa.
Massimo Modonesi Las derivas de las izquierdas latinoamericanas. En diálogo con "Agrietar el capitalismo. El hacer contra el trabajo", de John Holloway.
Carlos Ávila La utilidad de la sangre. En diálogo con "Trabajos del reino", de Yuri Herrera.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Festa do Divino de São Luiz do Paraitinga: veja a pogramação completa



A prefeitura de São Luiz do Paraitinga divulgou a programação da Festa do Divino que começa no dia 18 e termina no dia 27 de maio. Além das atrações de todos os anos - cavalhada, congada, procissões, afogado, e outras manifestações culturais da cidade e da região -, esta edição traz também o Jongo do Tamandaré, que vai se apresentar no Largo das Mercês no dia 25.



Confira a programação completa

Dia 18/maio – Início da Novena – (Sexta-feira)
18h45 – Procissão das Bandeiras, saída do Império (Rua Barão  do Paraitinga, nº.12)
19h00 – Benção das Novas Bandeiras do Divino e Novena*, na Praça
21h30 – Associação Banda Musical de Quiririm, na Praça
“Projeto Educacional através da Música de Quiririm”
23h00 – Lucas Souza, no Coreto
23h00 – Seresta pelas ruas do centro histórico da cidade, com o Grupo de Seresteiros Luizense  e convidados

Dia 19/maio – (Sábado do Encontro das Bandeiras)
06h00 – “Ladainha das Rogações”, saída da Capela das Mercês, seguida de  Missa
16h00 – Encontro das Bandeiras, ao lado do Campo de Futebol: saídas da casa do Sr. Antonio Sales (Chácara Rodrigues Sales, Bairro Rio Acima) e do Coreto da Praça.
Apresentação do grupo de Dança de Fitas de São Luiz do Paraitinga, em frente ao Império
19h00 – Novena
19h15 – Show com as duplas “Pratas da Casa”, de São Luiz, no Mercado Municipal
19h30 – Distribuição gratuita do afogado, no Mercado Municipal
20h30 – Moçambique e Congada, em frente ao Império
22h30 – Show com o cantor e violeiro Miltinho Edilberto, no Coreto
01h00 – Show com a dupla Loro e Lucas, no Coreto
Dia 20/maio (Domingo)
08h00 – Missa
10h00 – Missa
19h00 – Novena
21h00 – Show com a dupla Douglas e Vinicius, no Coreto
Dia 21 de maio (Segunda-feira)
19h00 – Novena
21h30 – Gustavo Salinas e Cia \ Paulo Baroni e convidado , na Tenda da Barraca da Festa
Dia 22 de maio (Terça-feira)
19h00 – Novena
21h30 – Patrícia e Cia \ Leandro Barbosa e convidado, na Tenda da Barraca da Festa
Dia 23/maio – (Quarta-feira)
19h00 – Novena
21h30 – Retreta com a Corporação Musical São Luiz deTolosa, no Coreto
23h00 – Gustavo e Michele, na Tenda
Dia 24/maio – (Quinta-feira)
19h00 -  Novena
21h30 – Show com Wilson Cruz e Cristiano, no Coreto
Dia 25/maio – (Sexta-feira)
12h00 – Almoço oferecido pelos festeiros para os idosos residentes da Vila de São Vicente de Paula
19h00 – Novena
1h30 – Dança de São Gonçalo, na Capela das Mercês
22h00 – Show com Juliana Andrade e Jucimara, no Coreto
22h15 -  Jongo do Tamandaré, no Largo das Mercês
23h45 – Show  com a Banda Bicho de Pé, no Coreto
Dia 26/maio – (Sábado)
10h30 – Missa em homenagem aos festeiros e foliões do Divino (in memorian) de nossa cidade
11h30- Show com as duplas luizenses “Pratas da Casa”, no Mercado Municipal
12h00 – Distribuição gratuita do AFOGADO, no Mercado Municipal
14h00 – Brincadeiras Infantis na Praça Dr. Oswaldo Cruz e saída dos bonecões, João Paulino e Maria Angu
15h30 – Cavalhada de São Pedro, do Distrito de Catuçaba, na Praça 8 de maio
16h00 – Show com a Banda Namoradeira, no Coreto
17h00 – Roda de Capoeira, na Rua do Império
17h30 – Marco Aurélio e Mayara, na Tenda
19h00 – Novena
20h00 – Apresentação da FAMIG – Fanfarra Monsenhor Ignácio Gióia, na Praça Dr. Oswaldo Cruz
21h30 – Grupos de Congadas e Dança de Fitas, na Rua do Império
22h00 – Danças do Sabão e Caranguejo, no coreto
22h30 – Queimas de Fogos
23h30 – Show com a dupla Indio Cachoeira e Cuitelinho, no Coreto
01h00 – Show com o grupo Trem da Viração, no Coreto
Dia 27/maio – (Domingo de Pentecostes)
05h30 – Alvorada Congada do Alto do Cristo e Maracatu Baque do Vale, pelas ruas da cidade
06h00 – Alvorada Corporação Musical São Luiz de Tolosa, pelas ruas da cidade
06h30 – Distribuição gratuita de Café com Paçoca, no Mercado Municipal
08h00 – Missa
09h00 – Moçambique, Congada, Cavalo Marinho e Dança de Fitas, na Rua do Império e centro histórico
09h40 – Procissão com os Reis Congos, saindo do Império do Divino
10h00 – Missa
12h00 – Procissão do Mastro, saindo da Praça Dr. Oswaldo Cruz
13h30 – Pau de Sebo e saída dos bonecões João Paulino e Maria Angu, na Praça
14h00 – Show com Os Favoritos da Catira, no Coreto
16h00 – Procissão solene em honra ao Divino Espírito Santo, seguida de Missa
20h00 – Show de Encerramento com o Grupo de violas e violões Itaboaté, na Tenda da Barraca da festa
Tema da Novena: “A paz esteja convosco”. Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado e continuou: “Recebeis o Espírito Santo”.

Revista Veja deve ir para o banco dos réus


CPI precisa chamar o dono da Editora Abril.  O bicheiro pautava a revista Veja? Até agora ele era acusado de ser fonte privilegiada do jornalista Policarpo Jr. editor da revista e de manter relações estreitas com a revista. Mas as gravações que vieram a público agora, mostram que Cachoeira e seus amigos pautavam a revista e ainda determinavam onde deveriam ser publicadas as notas que lhes interessavam.

Agora é a hora: de colocar a mídia brasileira no bando dos réus. Vejam a nota publicada no Blog da Cidadania, por Eduardo Guimarães, em 7/5/2012. Ao final está o vídeo da matéria veiculada pela TV Record.

Reportagem da Record sobre Veja irá destravar regulação da mídia


Faz-se necessária uma análise serena sobre o que pode e deve provir da reportagem sobre a revista Veja que a TV Record levou ao ar na noite do último domingo, pois pode inaugurar um novo ciclo do debate sobre a regulação da comunicação no Brasil.

O que de mais imediato se deve lembrar é que, à diferença do que alguns podem estar pensando, não foi a primeira grande matéria jornalística contendo críticas à imprensa em uma grande rede de televisão. Em 2009, no âmbito de efêmera guerra aberta que eclodiu entre Record e Globo e Record e Folha de São Paulo, todos esses veículos certamente perderam mais do que ganharam.
Desta vez, porém, será diferente.

A menos que alguma grande TV tome as dores da Veja, a nova guerra midiática será desigual. O público que a Record abrange é infinitamente maior que o da Veja. E não é só isso. As acusações entre Record, Globo e Folha não foram sobre fatos concretos como agora.

Agora, a Record não acusou a Veja por relações com a ditadura militar. Há um fato concreto, uma poderosa organização criminosa pode ter sido integrada pelo Grupo Abril, em última análise. E os crimes supostamente cometidos podem ser claramente tipificados.
Resta analisar o impacto da matéria sobre o público. Ainda à diferença de embates anteriores da Record contra veículos de comunicação, este, pelo que acaba de ser explicado, certamente induziu setores da população a uma reflexão sobre a mídia que certamente nunca fizeram.

É aquele setor da sociedade que só pensa em futebol, novela e Carnaval. Que se limita a ver telejornais sem prestar muita atenção e a ler capas de jornais e revistas pendurados nas bancas de jornais durante os dias úteis, quando esse perfil de cidadão sai pela manhã para trabalhar.

Eis que um dos principais entraves à propositura de uma lei da mídia ao Congresso pode ter sido fortemente reduzido, só não se sabe se ao ponto de desmontar a argumentação da mídia sobre “censura” quando se toca no assunto.

Todavia, a matéria da Record sobre a Veja preparou a sociedade para os debates sobre a mídia que deverão sobrevir da CPI do Cachoeira, conforme presidente e relator da investigação declararam que ocorrerão.

É infinitamente diferente uma matéria de capa da revista Carta Capital de uma reportagem de imensos 15 minutos na televisão, reportagem que granjeou 15 pontos no Ibope. No momento em que escrevo, milhões de brasileiros estão comentando o assunto.

Aliás, como a reportagem de domingo foi repetida mais de uma vez na segunda-feira, só quem vive no mato, sem qualquer meio de comunicação com o mundo exterior, poderá escapar. Todo o esforço que a mídia fez para ocultar o caso, foi em vão.

Não foi à toa que o presidente do PT, Rui Falcão, declarou que, após enfrentar os bancos, o novo oligopólio que o governo Dilma deverá enfrentar deve ser o da mídia. Nunca antes na história deste país existiram condições tão favoráveis para tanto.
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Assista, neste link, à reportagem da Record

Slow Food São Paulo e Masseria Lorenza promovem a Oficina do Gosto “ Em torno do Pão”


Além de conhecer os processos de fermentação, os participantes vão colocar a mão na massa e fazer oito tipos diferentes de pão.


Degustação guiada com Cláudio Lorenzo

Pães sugeridos para degustação: azeitonas pretas, cebola, integral de linhaça, multicereais com cobertura de sementes, cevado de cerveja, pão de sementes aromáticas, pão preto com passas e de castanhas. 



Temas abordados durante a degustação:
. O lugar do pão na dieta mediterrânea
. Pão de fermento natural x pães convencionais: Avaliação Nutricional e Sensorial
. Pães do mundo
. Fornos de lenha

Serviço:
Oficina do Gosto: Em Torno do Pão
Dia: 19/05, das 16 às 20hs * importante pontualidade
Local: Masseria Lorenzo - Rua Sales Guerra, 75 - Lapa
Inscrições: pelo telefone 11 – 3589-3205, com Cenia Salles
Valor-Contribuição: R$ 50,00