Há alguns anos fiz um curso de mestre capirinha com o Jaime Pereira Filho, do Paralelo 12:27 (rua Joaquim Távora, 1227, Vila Mariana). Na parte teórica, ele insistia num ponto que naquele momento eu até achava um pouco de exagero: caipirinha, tem que ser de cachaça e limão. O resto? É modismo, dizia ele. Com o tempo, acabei aderindo a esse ensinamento dele e defendo o respeito ao nosso principal drink. É claro que eu experimento as invenções do Souza, do Veloso, e dou a maior força porque ele usa frutas brasileiras e valoriza seus drinks com elas.
Derivan de Souza (é outro Souza) considerado o mais importante mestre da arte da bebida no Brasil, também faz a sua de limão e cachaça. Vejam o processo neste vídeo do Paladar
Bom, e não é que apareceu um movimento em prol da velha e boa caipirinha de limão e cachaça? Taí um movimento mais que interessante. A iniciativa é da Cachaça Leblon e tem até um site.
Manifesto Salve a Caipirinha
Salve a Caipirinha
Nós formalmente declaramos que não queremos mais ver nossa caipirinha sendo feita com vodka ou saquê ao invés de cachaça.
Nós não aceitamos que esse drink, famoso e respeitado no mundo inteiro, seja desrespeitado no Brasil.
Não podemos tolerar que matem a alma da caipirinha: a cachaça.
Nós acreditamos que a cachaça deveria ser feita artesanalmente em alambiques tradicionais, e que temos o direito de saber quando ela é produzida em massa.
Nós temos fé que uma caipirinha feita com uma boa cachaça pode ser tão elegante, nobre e suave quanto qualquer outro coquetel.
E assim, convictos dos nossos ideais, acreditamos que agora é a hora de beber a Caipirinha do jeito que ela foi feita.
Com cachaça boa de alambique.
Desta forma, nós salvaremos a Caipirinha.
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