Carlo Petrini, o fundador do movimento Slow Food esteve por aqui. Primeiro, participou do evento terra Madre Brasil que reuniu em Brasilia produtores, consumidores, chefs, e outros tantos que acreditam que um novo modo de vida é possível. Depois ele veio a São Paulo para uma reunião com o Convivium São Paulo do Slow e para duas palestras (uma no senac e outra na Livraria Cultura). Assistir à palestra na Cultura e pincei algumas coisas interessantes que esse tão esperado visitante trouxe para ouvidos interessados.
"Para sermos felizes precisamos saber que todos temos os mesmos direitos: de comer bem, de se interrelacionar; de ser feliz; de ter prazer."
Ele mostrou que Slow Food não quer dizer apenas "comer devagar" como traduzem alguns apressados. Slow Food, na visão de sweu criador, é o movimento que defende a valorização dos produtores e dos saberes tradicionais, conjugados com uma mudança nos hábitos de produção e de consumo da sociedade moderna.
Ele critica a situação em que se encontra o mundo hoje, onde o mercado determina as relações e onde é mais caro pagar um dietólogo que vai dizer "não coma" do que comprar alimentos.
Sobre desperdício, Petrini é taxativo: são produzidos alimentos para 12 bilhões de pessoas, porém, no total somos 6 bilhões sobre a Terra. Resumindo: metade dos alimentos produzidos vai para o lixo.
Entre os paradoxos atuais, ele cita o fato de existirem ao mesmo tempo milhões de obesos na América e outros tantos milhões de famintos na África.
Sobre a gastronomia, ele disse que ela tem papel fundmental: resgatar princípios como a cultura, a política, a responsabilidade. "Temos que ter uma visão que conjugue o que é Bom - Limpo - Justo". Para Petrini, nunca se falou tanto em comida, e nunca se perdeu tanta diversidade. Reconstituir nossas lembranças gustativas deve estar no horizonte das pessoas.
A saída para a situação atual, segundo ele, é a prática do respeito à diversidade das culturas e dos alimentos,o reforço da aricultura local, a ajuda aos camponeses, o incentivo ao nascimento de grupos de componeses e de consumidores.
E aos jovens da platéia, ele deixou o recado: “é preciso sonhar, voar alto, praticar a utopia”
quinta-feira, 25 de março de 2010
sexta-feira, 19 de março de 2010
Salve a Caipirinha. Eu apóio.
Há alguns anos fiz um curso de mestre capirinha com o Jaime Pereira Filho, do Paralelo 12:27 (rua Joaquim Távora, 1227, Vila Mariana). Na parte teórica, ele insistia num ponto que naquele momento eu até achava um pouco de exagero: caipirinha, tem que ser de cachaça e limão. O resto? É modismo, dizia ele. Com o tempo, acabei aderindo a esse ensinamento dele e defendo o respeito ao nosso principal drink. É claro que eu experimento as invenções do Souza, do Veloso, e dou a maior força porque ele usa frutas brasileiras e valoriza seus drinks com elas.
Derivan de Souza (é outro Souza) considerado o mais importante mestre da arte da bebida no Brasil, também faz a sua de limão e cachaça. Vejam o processo neste vídeo do Paladar
Bom, e não é que apareceu um movimento em prol da velha e boa caipirinha de limão e cachaça? Taí um movimento mais que interessante. A iniciativa é da Cachaça Leblon e tem até um site.
Manifesto Salve a Caipirinha
Salve a Caipirinha
Nós formalmente declaramos que não queremos mais ver nossa caipirinha sendo feita com vodka ou saquê ao invés de cachaça.
Nós não aceitamos que esse drink, famoso e respeitado no mundo inteiro, seja desrespeitado no Brasil.
Não podemos tolerar que matem a alma da caipirinha: a cachaça.
Nós acreditamos que a cachaça deveria ser feita artesanalmente em alambiques tradicionais, e que temos o direito de saber quando ela é produzida em massa.
Nós temos fé que uma caipirinha feita com uma boa cachaça pode ser tão elegante, nobre e suave quanto qualquer outro coquetel.
E assim, convictos dos nossos ideais, acreditamos que agora é a hora de beber a Caipirinha do jeito que ela foi feita.
Com cachaça boa de alambique.
Desta forma, nós salvaremos a Caipirinha.
Quem quiser assinar, entre aqui
Derivan de Souza (é outro Souza) considerado o mais importante mestre da arte da bebida no Brasil, também faz a sua de limão e cachaça. Vejam o processo neste vídeo do Paladar
Bom, e não é que apareceu um movimento em prol da velha e boa caipirinha de limão e cachaça? Taí um movimento mais que interessante. A iniciativa é da Cachaça Leblon e tem até um site.
Manifesto Salve a Caipirinha
Salve a Caipirinha
Nós formalmente declaramos que não queremos mais ver nossa caipirinha sendo feita com vodka ou saquê ao invés de cachaça.
Nós não aceitamos que esse drink, famoso e respeitado no mundo inteiro, seja desrespeitado no Brasil.
Não podemos tolerar que matem a alma da caipirinha: a cachaça.
Nós acreditamos que a cachaça deveria ser feita artesanalmente em alambiques tradicionais, e que temos o direito de saber quando ela é produzida em massa.
Nós temos fé que uma caipirinha feita com uma boa cachaça pode ser tão elegante, nobre e suave quanto qualquer outro coquetel.
E assim, convictos dos nossos ideais, acreditamos que agora é a hora de beber a Caipirinha do jeito que ela foi feita.
Com cachaça boa de alambique.
Desta forma, nós salvaremos a Caipirinha.
Quem quiser assinar, entre aqui
quinta-feira, 11 de março de 2010
Carlo Petrini no Brasil
Acabo de saber que o italiano Carlo Petrini, fundador do movimento Slow Food vem para o Brasil para participar do Terra Madre Brasil que acontece de 19 a 22/3, no Complexo Cultural da FUNARTE em Brasília e vai reunir produtores orgânicos de todo o país. Saiba mais clicando aqui
Na sequência ele vem pra São Paulo pra fazer duas palestras e lançar o livro Slow Food, princípios da nova gastronomia. Os dois eventos serão no dia 24/3. O primeiro vai ser no Centro Universitário Senac - Campus Santo Amaro das 10h30 às 12h20 (11 5682-7300 e campussantoamaro@sp.senac.br). Inscrições on line no site (em eventos). O segundo evento, será na Livraria Cultura Conjunto Nacional (na série Entre Estantes & Panelas), às 18h30.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Recomeçar, sempre!
Hoje, dia Internacional da Mulher, dedico este espaço à Alice Nakao, amiga de muitos anos, que pela segunda vez recomeça do zero. Ainda se recuperando do choque da enchente que atingiu São Luiz do Paraitinga, na qual ela e o marido Jo perderam tudo (da casa e do restaurante Sol Nascente), ela tenta agora se reerguer e reabrir o restaurante. Apesar das opiniões contrárias, ela acha que assim como os demais comerciantes de São Luiz, é preciso reabrir e tentar devolver a normalidade à cidade e à vida das pessoas.
Na foto, ao fundo está o que restou da igrejinha das Mercês e à esquerda, e scondido entre os tapumes, o Sol Nascente que deve reabrir no final deste mês de março. Força Alice!
Na foto, ao fundo está o que restou da igrejinha das Mercês e à esquerda, e scondido entre os tapumes, o Sol Nascente que deve reabrir no final deste mês de março. Força Alice!
quinta-feira, 4 de março de 2010
Coisa de goiano
Pra passar férias em Goiás é preciso conhecer o goianês, caso contrário o sujeito pode se atrapalhar e ser confundido com um turista. Recebi uma lista termos de uma goiana, então tem propriedade. Quem pensa que ali tudo é igual a Minas, está muito enganado, mas numa coisa goianos e mineiros são parecidos. Dizem as boas línguas que goiano não fala diretamente o que pensa. Ele dá voltas e voltas até chegar onde quer. Invariavelmente a conversa chega no “Ow, deixa eu te falar”. A coisa fica mais ou menos assim: "Blá-blá-blá, Oww, deixa eu te falar, lembra aquele negócio que eu te pedi...".
O "Tem base?" também é famoso por lá. Tradução: "Pode uma coisa dessas?". O sol em Goiás é forte, todo mundo sabe. É tão forte que "Chega dói". Se o sujeito vai a Goiânia, sempre pode se abrigar na sombra de uma arvrinha. Ou de uma arvrona. Se quiser se refrescar, sempre pode lavar o rosto no córgo.
Se você quiser saber se o goiano vai à festa, a resposta vai ser algo parecido com "Uai, vô!". Se a porção de comida é muito grande, o goiano vai dizer "Num dô conta". Mas "I don't understand" em Goiás também é "Num dô conta!". E por aí vai. Assim que o goianês estiver decorado, pode comprar a passagem!
Passei o Carnaval com um grupo animadíssimo de goianos e pude matar a saudade desses e de outros "jeitos" de falar da moçada. O goiano é super receptivo, ele só não dá jeito naquele calorão dos infernos!!!!!
O "Tem base?" também é famoso por lá. Tradução: "Pode uma coisa dessas?". O sol em Goiás é forte, todo mundo sabe. É tão forte que "Chega dói". Se o sujeito vai a Goiânia, sempre pode se abrigar na sombra de uma arvrinha. Ou de uma arvrona. Se quiser se refrescar, sempre pode lavar o rosto no córgo.
Se você quiser saber se o goiano vai à festa, a resposta vai ser algo parecido com "Uai, vô!". Se a porção de comida é muito grande, o goiano vai dizer "Num dô conta". Mas "I don't understand" em Goiás também é "Num dô conta!". E por aí vai. Assim que o goianês estiver decorado, pode comprar a passagem!
Passei o Carnaval com um grupo animadíssimo de goianos e pude matar a saudade desses e de outros "jeitos" de falar da moçada. O goiano é super receptivo, ele só não dá jeito naquele calorão dos infernos!!!!!
segunda-feira, 1 de março de 2010
Bazar e leilão Solidariedarte para São Luiz do Paraitinga e Cunha
Será nos dias 5 e 6 de março o Solidariedarte, um bazar/leilão/exposição que amigos das duas cidades vão promover no Hotel Mazzaropi, em Taubaté. O leilão evento é beneficente e 100% da renda obtida do leilão será revertida para a área cultural das cidades de Cunha e São Luiz do Paraitinga.
Livros, discos, fotografias, cerâmicas e outros objetos também estarão à venda no bazar.
O catálogo das obras a serem leiloadas podem ser vistas no blog Solidariedarte
O desenho em bico de pena é uma das doações de Tom Maia.
Livros, discos, fotografias, cerâmicas e outros objetos também estarão à venda no bazar.
O catálogo das obras a serem leiloadas podem ser vistas no blog Solidariedarte
O desenho em bico de pena é uma das doações de Tom Maia.
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