Na quarta, 17, assisti ao bate-papo com o Josimar Melo na Fundação Japão. Ele foi convidado pra falar sobre as impressões gastronômicas do estrangeiro - ele, no caso - numa viagem ao Japão. Ele esteve no Japão pela primeira vez há mais ou menos 14 anos e falou sobre as diferenças que encontrou em fevereiro passado, quando ficou por lá uns 15 dias participando de um evento gastronômico que reuniu os bam-bam-bam do mundo como Ferran Adriá, Heston Blumenthal e outros, e de ficar comendo nos melhores restaurantes. Algumas coisas interessantes do bate-papo: os ingredientes lá não são tão variados, mas os japoneses fazem questão de consumir o melhor que existe deles, por exemplo, na própria estação de cada alimento.
Ao falar da frescura dos alimentos, ele contou sobre a técnica de se matar o peixe e cortá-lo na mesma hora. A primeira técnica, seria a de um corte incisivo na nuca (peixe tem nuca?), e a segunda, seria a de enfiar uma espécie de arame bem no olho do peixe pra atingir esse ponto lá atrás. Nas duas opções, a morte do bichinho é súbida, porém ele continua se movimentando. Dá a impressão de que ele está sendo cortado vivo. Meio sádico, não é?
Daí ele disse uma coisa curiosa sobre a frescura do peixe (a gente não para pra pensar muito nisso). Quando uma pessoa diz que o peixe que comprou está fresco, só pode afirmar isso se o mesmo estiver vivo ou recém pescado. Segundo Josimar, a compra do peixe pode ser fresca, mas na maioria das vezes, os consumidores compram os bichinhos do feirante, que por sua vez comprou do vendedor do Mercadão, que por sua vez comprou dos vendedores do Ceasa, que por sua compraram dos barcos de pesca que estão no mar por períodos de até 30, 40 dias. Ou seja, quem é o fresco na história?
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