Marcaram a missa de um ano de morte da mãe para as quatro horas do domingo, hora do jogo do Corinthians com o São Paulo, numa igreja católica (ela era budista). Oh, dilema cruel! E por sinal, muitos dos presentes na igreja só estavam ali por causa dessas missas encomendadas. Aquela das quatro horas, era uma missa normal, mas estava sendo rezado em nome de uns trinta mortos. Alguns Iphone são vistos nas mãos de anti-fiéis católicos que se escoram nas pilastras do lado de fora da igreja pra assistir pelo menos alguns lances do jogo. Mas dentro da igreja, cenas surpreendentes. Lembram daquela missa dos tempos de criança? Começa a missa, canta-se o Pai Nosso, comunga-se e tchau, até domingo que vem?
Mas hoje não é mais assim. Os que não frequentam a igreja ficaram surpreendidos com as modernidades introduzidas na missa. Não chega aos pés do espetáculo-missa do padre Marcelo, mas era uma tentativa infeliz. O padre, um misto de regente da palavra de Deus e de animador de palco orientava o rebanho "Agora vamos acenar", "Agora vamos cantar". Pra ajudar, ao lado do altar, um telão enorme mostrava as músicas em letras garrafais. Depois da comunhão, pasmem! Entrou no ar, digo, no telão, o "Informativo Paroquial", um arremedo de telejornal. Então, entre uma parte e outra da missa, você assiste ao telejornal com as últimas daquela igreja. "Parabéns ao padre tal que faz aniversário este mês", "Começa o curso de catequização", entre outras importantes informações que nenhum paroquiano deve ignorar.
O show parecia interminável, mas pelo o Corinthians não fez feio.
Um comentário:
A última vez que fui na igreja metodista também achei bem engraçado, os velhinhos batendo palmas, mas cada um no seu ritmo, e umas meninas dançando um arremedo de balet e tudo com o telão pra gente acompanhar. E depois não sabem porque perdem os fieis (não os da gavião)
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