quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Meus bolinhos de piracuí assados

Uma das minhas promessas não cumpridas neste começo de ano, foi falar sobre o bolinho de piracuí assado, que fiz com a farinha de piracuí que o Luca Fanelli, companheiro das lidas do Slow Food trouxe de Vira-Sebo, uma comunidade de pescadores de Prainha, no Pará. Como é a farinha, como é feita etc. e tal, a Neide Rigo já publicou no Come-se com vastas informações.

O jeito mais comum de preparar o bolinho é fritando, mas resolvi experimentar uma receita que recolhi na internet e adaptá-la pra uma versão mais light, assada. A degustação foi num aniversário e quem experimentou achou muito bom. Não ficou a dever nada ao bolinho frito. Muitos disseram que se parecia com bacalhau.

Segue a receita adaptada, que na falta do piracuí, pode ser feito com o bacalhau demolhado, e desfiado dentro de um pano. Veja na foto da Neide como o peixe fica em fiapos:

Esta aqui é a receita original do bolinho de piracuí que catei no site Tudo gostoso. Ela foi enviada por Edilena da Silva e Sousa. Adaptei as quantidades, diminuindo pela metade a quantidade de batata e de temperos. Acrescentei sal e uma pitada de pimenta-do-reino. Assim, o bolinho ficou mais saboroso. Fiz as bolinhas, pressionei levemente com um garfo (como a gente faz com os biscoitos de nata) e pincelei azeite por cima. Depois coloquei no forno pra assar. Ficou ótimo.

1 kg de batata
250 g de farinha de peixe (piracuí) sem espinhas
2 ovos
1 maço de cebolinha picada
1 maço de salsa picada
1maço de coentro picado
2 cebolas médias picado
Pimenta de cheiro a gosto picados
Manteiga (apenas para enrolar os bolinhos e para não grudar na mão)
Azeite de oliva a gosto
Óleo de cozinha (para fritar)


Só festa, agora...

Deu pra perceber que estava fora de órbita, não é mesmo? Desculpem pela falta de atualizações, mas o bicho pegou pesado neste começo de ano. Me perguntaram ontem "E aí, como foi o Carnaval no Rio" e eu respondi: nem me lembro mais do Carnaval. E é verdade. Tanta coisa está acontecendo ao mesmo tempo que não tive nem tempo de postar coisas aqui.

Mas o que eu vi no Rio e que gostei muito foram os blocos. O povo carioca leva a sério esse negócio de sair nos blocos. Fazem fantasias, colocam os bichos pra fora. Vejam só nessa foto. Alegria pura. Vou até propor para os amigos que no próximo ano a gente se reúna e faça fantasias pra sair nos blocos de São Paulo. Afinal, parece que a coisa tá crescendo aqui também.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mandela livre!

Só pra registrar: há exatos 20 anos, depois de passar 27 anos preso por defender seus ideais de liberdade, Mandela voltava a caminhar pelas ruas de Joanesburgo. Somente quatro anos depois de ser solto, ele se tornava presidente de seu país, eleito pelo povo que ele tanto defendeu. Se penso em alguém com muito carinho, esse alguém é Nelson Mandela. E Clint Eastwood também deve sentir o mesmo. Logo mais quero ver o filme que ele fez sobre Mandela.

Meditação andando


Encontrei uma amiga, antiga companheira de meditação, no lançamento do livro de receitas do Templo Zu Lai. Ficamos relembrando as atividades que fazíamos no templo e uma delas era uma caminhada sobre pedras. Concentração total no caminho. Ali aprendi que existem muitas formas de meditação, que não é preciso estar sentado, de pernas dobradas, num ambiente silencioso pra que uma pessoa possa aproveitar seus benefícios.

Concentração é tudo. Cortar legumes pensando na agenda lotada, é dedo cortado na certa; costurar prestando atenção na televisão, é dedo espetado na certa; tirar o bolo do forno pensando na feira, é dedo queimado na certa. E por aí vai.

Estar presente é uma das coisas mais difíceis em tempos de agenda cheia e tempo curto.

Mas vale tentar. Quem quiser começar, pode ler o livro Meditação Andando: Guia para a Paz Interior, do mestre zen budista THICH NHAT HANH (da Ed. Vozes). É bem fininho, só pra animar!


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

As receitas vegetarianas do Templo Zu Lai

Vai ser lançado hoje, na Fnac Paulista (19hs), o livro Sabor e Saúde: as melhores receitas vegetarianas do Templo Zu Lai, de Jasmine Chen (Ed. Escrituras). A autora administra a cozinha e a cafeteria do Templo Zu Lai, em Cotia, e dá aulas de culinária vegetariana.

Lá pra trás frequentei o Templo Zu Lai, com uma turma que se reunia em torno de três acupunturistas: o Jou el Jia, o Norvan e a Lilian. Foi um tempo muito bom, mas depois as pessoas se dispersaram e os três médicos também. Nesse período, frequentávamos as cermiônias promovidas no Templo e lembro muito bem da comida excepcional que serviam ali. Cozinheiras chinesas se reuniam e se esmeravam para oferecer o melhor da comida vegetariana.

Algumas pessoas não acreditam que grãos, tofu, proteína texturizada de soja, cereais, tubérculos, verduras e legumes podem resultar em pratos muito saborosos, mas é possível sim. Neste livro estão reunidas 60 receitas com esses ingredientes. Algumas delas: bolinho de tofu, churrasquinho vegetariano, croquete de abóbora, estrogonofe de carne de soja, feijoada vegetariana, hambúrger vegetariano, salada de rúcula com manga, shiitake na manteiga, shimeji à milanesa.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Um dia enchendo linguiça

Minha irmã e eu fomos convocadas por uma das cunhadas pra ajudar a destrinchar um porco que ela havia mandado matar em Santana do Parnaíba. Apesar de morar na área urbana de Guarulhos, ela gosta de viver à moda do sítio. Tem fogão a lenha na cozinha e sonhava em cortar um porco inteiro como se faz nos sítios. Bem, minha irmã e eu já tínhamos passado por isso quando morávamos em Atibaia e nosso pai matava porco uma vez ou outra. Repetimos todas as tarefas: limpar, tirar a banha, fazer os torresmos, separar as carnes, cozinhar os pedaços de carne na banha, fazer linguiça etc. A tarefa de fazer chouriço, que é mais barra pesada, ficou pra uma tia da minha cunhada. Ajuda muito bem vinda, por sinal. Afinal, mexer com tripas, sangue etc. não é pra qualquer um! Precisa ter estômago.



Baixa tecnologia. Aro improvisado pra encher linguiça.


Parte da produção de um dia inteiro, posta pra secar/defumar sobre o fogão a lenha.


As carnes fritando pra depois serem guardadas na banha durante muito tempo. Tudo à moda antiga.

O oásis fica dentro de São Paulo

Dá pra ter uma idéia de onde fica esta beleza?

Tem jaqueira, caquizeiro, jaboticabeiras (um monte), pitangueiras e outras fruteiras
Hoje, pela primeira vez, consegui colher várias jaboticabas e fiz a festa.
Pois é, este oásis fica no colégio Madre Cabrini, na estação Vila Mariana do Metrô. Vou nadar lá duas vezes por semana e fico namorando as jaboticabeiras. Mas como os alunos são muitos, sobra pouco pra gente e para os passarinhos.