Fiquei 20 dias de
novembro em Londres e cinco no interior da Inglaterra. A intenção era fazer uma imersão pra ver se destravava o
tal do inglês. Nunca tinha me aventurado em países que só
falassem inglês, mas tomei coragem e fui. Tive a felicidade de pegar
um outono atípico (pouco frio e sem chuva). A temperatura não
desceu dos 5º e a chuva só castigou dois dias. As árvores perdendo
suas folhas amareladas pelas ruas e parques estavam lindas. Passar um dia de sol no amarelado Hyde Park não tem preço.
A cidade respira
cultura. Os museus são de graça. Só as exposições temporárias
são cobradas – e muito bem cobradas por sinal. Consegui ver a exposição
“Leonardo Da Vinci, pintor da corte de Milão”, disputadíssima.
Também vi exposições sobre a diápora africana e muitas outras de
fotografia.
O que mais surpreende
em Londres, é a diversidade. Gente de todas as partes do mundo –
moradores e turistas – falando línguas complemente diferentes e
muito inglês diferente também. Ouvir japoneses, turcos, chineses, indianos etc.
discutindo no metrô em inglês é a coisa mais curiosa do mundo.
Outras vezes, no meio do zum-zum-zum não se ouvia uma única palavra em inglês.
E essa diversidade é o
que salva a gente em Londres. Se dependesse da comida dos ingleses,
a gente passaria fome, porque não tem graça e criatividade nenhuma.
Tempero? Só o sal e a pimenta que ficam na mesa. Pra quem duvida
que o sanduíche foi inventado por um inglês, basta ver as
prateleiras dos supermercados pra ter uma ideia de como comem os
ingleses. Centenas de sanduíches são repostos todos os dias nas
prateleiras de supermercados e lojas de conveniência. A sessão de
comidas prontas também merece um registro – arroz com frango ao
curry, salada de macarrão com atum, cuscuz com cordeiro ao molho e outras invenções.
Os mercados de Londres
Os mercados são um
capítulo à parte. Adoro fazer coisas ao ar livre e sempre que
posso, vou pra rua pra ler, apreciar a cidade ou ver alguma
exposição. Então, aproveitei pra conhecer os mercados de rua de Londres. A maioria acontece
nos finais de semana e à exceção de
Spitafields, que fica numa área coberta, o restante ocupa as
ruas. Me surpreendeu a quantidade de comida orgânica oferecida
nesses mercados: frutas, verduras, legumes, pães, doces, embutidos
etc.
Na cola dos The Beatles
em Liverpool
Assisti na TV a dois
documentários sobre os Beatles enquanto estava em Londres fazendo o
curso. O primeiro, foi o filme "Nowhere Boy", (
http://www.nowhereboy.co.uk/
) filme dirigido por Sam Taylor-Wood sobre a infância e juventude
de John Lennon, com a Kristin Scott Thomas fazendo o papel da tia
Mimi que o criou e Anne-Marie Duff, como Julia, a mãe biológica. O
segundo foi um documentário de Martin Scorsese sobre George
Harrison. Daí, quando fui pra Liverpool e visitei a exposição
“The Beatles story”, mergulhei de cabeça. É uma exposição
interativa que mistura fotos, depoimentos, vídeos e outros recursos.
Depois de acompanhar passo a passo a carreira da banda, cada um dos Beatles
ganha um espaço próprio. Na cidade, só se falava na homenagem que
iria acontecer dia seguinte – 29 de novembro – pelos 10 anos
de morte de George Harrison.
Não dá pra não se
emocionar e chorar enquanto se visita essa exposição. Ver as
imagens, a loucura dos fãs, as manifestações pelo mundo e a música
tocando direto, traz de volta muitas lembranças.
Andando pelo interior
da Inglaterra
Me sobrou pouco tempo
pra viajar pelo interior. Fui a Bath, Salisbury, Stratford e Oxford.
Numa próxima viagem preciso me planejar melhor e ficar alguns dias
em cada uma delas. São históricas e lindas, com características
completamente diferentes uma da outra.
Stonehenge é uma coisa
maluca, e a gente fica pensando como é que um negócio
daquele tamanho e dimensão pode ter sido construído naquele lugar.
Mistério.
Fotos que fiz pelo interior
Fotos que fiz pelo interior