domingo, 4 de dezembro de 2011

Meu outono em Londres



Fiquei 20 dias de novembro em Londres e cinco no interior da Inglaterra.  A intenção era fazer uma imersão pra ver se destravava o tal do inglês. Nunca tinha me aventurado em países que só falassem inglês, mas tomei coragem e fui. Tive a felicidade de pegar um outono atípico (pouco frio e sem chuva). A temperatura não desceu dos 5º e a chuva só castigou dois dias. As árvores perdendo suas folhas amareladas pelas ruas e parques estavam lindas. Passar um dia de sol no amarelado Hyde Park não tem preço.

A cidade respira cultura. Os museus são de graça. Só as exposições temporárias são cobradas – e muito bem cobradas por sinal. Consegui ver a exposição “Leonardo Da Vinci, pintor da corte de Milão”, disputadíssima. Também vi exposições sobre a diápora africana e muitas outras de fotografia.

O que mais surpreende em Londres, é a diversidade. Gente de todas as partes do mundo – moradores e turistas – falando línguas complemente diferentes e muito inglês diferente também. Ouvir japoneses, turcos, chineses, indianos etc. discutindo no metrô em inglês é a coisa mais curiosa do mundo. Outras vezes, no meio do zum-zum-zum não se ouvia uma única palavra em inglês.

E essa diversidade é o que salva a gente em Londres. Se dependesse da comida dos ingleses, a gente passaria fome, porque não tem graça e criatividade nenhuma. Tempero? Só o sal e a pimenta que ficam na mesa. Pra quem duvida que o sanduíche foi inventado por um inglês, basta ver as prateleiras dos supermercados pra ter uma ideia de como comem os ingleses. Centenas de sanduíches são repostos todos os dias nas prateleiras de supermercados e lojas de conveniência. A sessão de comidas prontas também merece um registro – arroz com frango ao curry, salada de macarrão com atum, cuscuz com cordeiro ao molho e outras invenções.



Os mercados de Londres

Os mercados são um capítulo à parte. Adoro fazer coisas ao ar livre e sempre que posso, vou pra rua pra ler, apreciar a cidade ou ver alguma exposição. Então, aproveitei pra conhecer os mercados de rua de Londres. A maioria  acontece nos finais de semana e à exceção de Spitafields, que fica numa área coberta, o restante ocupa as ruas. Me surpreendeu a quantidade de comida orgânica oferecida nesses mercados: frutas, verduras, legumes, pães, doces, embutidos etc.




Na cola dos The Beatles em Liverpool

Assisti na TV a dois documentários sobre os Beatles enquanto estava em Londres fazendo o curso. O primeiro, foi o filme "Nowhere Boy", ( http://www.nowhereboy.co.uk/ ) filme dirigido por Sam Taylor-Wood sobre a infância e juventude de John Lennon, com a Kristin Scott Thomas fazendo o papel da tia Mimi que o criou e Anne-Marie Duff, como Julia, a mãe biológica. O segundo foi um documentário de Martin Scorsese sobre George Harrison. Daí, quando fui pra Liverpool e visitei a exposição “The Beatles story”, mergulhei de cabeça. É uma exposição interativa que mistura fotos, depoimentos, vídeos e outros recursos. Depois de acompanhar passo a passo a carreira da banda, cada um dos Beatles ganha um espaço próprio. Na cidade, só se falava na homenagem que iria acontecer dia seguinte – 29 de novembro – pelos 10 anos de morte de George Harrison.

Não dá pra não se emocionar e chorar enquanto se visita essa exposição. Ver as imagens, a loucura dos fãs, as manifestações pelo mundo e a música tocando direto, traz de volta muitas lembranças.




Andando pelo interior da Inglaterra

Me sobrou pouco tempo pra viajar pelo interior. Fui a Bath, Salisbury, Stratford e Oxford. Numa próxima viagem preciso me planejar melhor e ficar alguns dias em cada uma delas. São históricas e lindas, com características completamente diferentes uma da outra.
Stonehenge é uma coisa maluca, e a gente fica pensando como é que um negócio daquele tamanho e dimensão pode ter sido construído naquele lugar. Mistério.
Fotos que fiz pelo interior